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DOAÇÃO DE SANGUE
Em parceria com o Hemorio, HUGG faz ação local para coleta de sangue
Na última sexta-feira (15/12), a Agência Transfusional do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG-Unirio), filiado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), em parceria com o Hemorio, realizou, nas dependências do hospital, uma coleta de sangue externa, aberta para todos os públicos. Na ocasião, foram recolhidas 45 bolsas de sangues, que, quando bem armazenadas e com as técnicas corretas, podem ser usadas, durante seu período válido, para mais de quatro pessoas cada uma.
“Chamamos o Hemorio mediante a diminuição do número de bolsas que estávamos recebendo. Além disso, a necessidade dos pacientes aumentou muito, principalmente, para reserva cirúrgica, transfusões e pacientes graves”, informou Renata Miranda de Souza, enfermeira da Agência Transfusional e uma das organizadoras da ação.
No entanto, até chegar o dia da doação, houve um esforço dos profissionais do HUGG para viabilizar a presença da equipe de coleta no hospital, pois para um evento dessa magnitude, o Hemorio mobiliza mais de dez pessoas, entre motoristas, apoiadores, cadastradores, técnicos coletadores, médico e enfermeiras responsáveis pela triagem. “Já trabalho há algum tempo nesse tipo de coleta. Para mim, é muito prazeroso, pois vejo as pessoas chegando e saindo muito felizes de estarem fazendo bem para o próximo. Saem mais animadas com o fato de estarem salvando vidas”, disse Evandro Ramos, médico do Hemorio.
Ainda de acordo com Evandro, ao contrário do que alguns acreditam, o ato de doar não deve ser temido, já que a agulha utilizada é apenas um pouco mais calibrosa do que a usada comumente no exame de sangue. “O tempo de doação é de cinco a dez minutos na cadeira de doação. A dor é mínima, como se fosse um exame de sangue um pouco mais demorado”, informou.
Já o sintoma mais comum após a doação é o cansaço, por isso se orienta repousar e evitar exercícios físicos extenuantes no dia, pois podem ocorrer quedas de pressão. Homens podem doar quatro vezes por ano ano e mulheres três, acrescentou o médico, aproveitando para desmistificar outras inverdades “Nosso sangue não fica diferente depois de doar, pois nossa medula (re)produz todo sangue que é coletado”.
Cada bolsa de sangue, geralmente, é dividida entre diferentes concentrados, como hemácias, plasmas e plaquetas. E, a partir dessa divisão, é possível ajudar diferentes pessoas, com distintos problemas, comprovando a função essencial e insubstituível do insumo. “Em quase todos os traumas que temos perdemos muito sangue e a perda de sangue pode levar à morte. Nem sempre, entretanto, conseguimos resolver uma perda de sangue aguda só com uso de soro ou hidratação. Não é uma questão simplesmente de escolha”, pontuou Evandro.
Tais características únicas só reforçam a relevância desse substrato dentro dos campos das práticas terapêuticas, principalmente, em emergências. “A importância de doar sangue é a importância de continuar fazendo com que a máquina hospitalar continue funcionando”, afirmou Evandro Ramos.
E quem fez sua parte foi Jaqueline dos Santos, formada em Ciências Biológicas e estudante de Ciências Ambientais da Unirio, uma das doadoras, que não deixou nem mesmo o medo inicial fazer com que mudasse de ideia de apoiar uma causa tão nobre, pela primeira vez. “Fiquei ansiosa e um pouco nervosa por conta da agulha, mas foi supertranquilo. Não senti nada demais e precisamos doar, pois é bom que os estoques dos hospitais estejam em dia. Agora vou doar com frequência e sair com o coração bem mais leve, pois fiz a minha parte”, concluiu.
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG-Unirio) faz parte da Rede Ebserh desde dezembro de 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Felipe Monteiro, com revisão de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh