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HU Barros Barreto informa sobre alterações no colesterol
A endocrinologista do HU Barros Barreto, Dra. Rafaela Miranda, alerta acerca da dislipidemia, doença que se caracteriza pelo aumento de gordura no sangue. “A dislipidemia primária pode ser genética. Então o paciente pode levar uma vida saudável e ainda assim ter um colesterol ruim (LDL) elevado. E tem a dislipidemia secundária, que são relacionadas a outras doenças como diabetes, hipertensão, obesidade ou hábitos como o tabagismo e o sedentarismo”.
Como essa doença, em geral, tem caráter assintomática, o diagnóstico pode ser obtido a partir de exames de rotina. Para os pacientes oriundos da dislipidemia primária, o histórico genético é um indicativo para o diagnóstico e pode ser investigado, inclusive, de forma mais precoce, ainda na infância. Para os demais pacientes o diagnóstico é obtido a partir de exame de sangue e a avaliação dos índices de colesterol.
O tratamento preventivo mais indiciado é a manutenção de um estilo de vida saudável. Recomenda-se a atividade física semanal associada a uma alimentação saudável, com baixa ingestão de gorduras, especialmente as poli-insaturadas.
O Hospital Universitário João de Barros Barreto disponibiliza, via SUS, tratamento baseado nas estatinas, medicamentos que auxiliam na redução do colesterol ruim. O paciente, com o devido encaminhamento de uma unidade básica de saúde, é acompanhado por um médico endocrinologista e por nutricionista, que realiza a avaliação alimentar e ajusta a melhor dieta ao usuário.
Algumas questões acerca do colesterol podem gerar dúvidas na sociedade. Nesse contexto, a endocrinologista do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB-UFPA/EBSERH), esclarece questionamentos recorrentes:
“É verdade que somente adultos têm colesterol alto”?
Não. Por herança genética, é possível existirem crianças e até bebês com o nível elevado de colesterol ruim no sangue.
“Procede a informação que pessoas magras não possuem colesterol alto”?
Não. A pessoa magra também pode ter, por condição genética, o colesterol alto.
“O colesterol considerado bom, em excesso, pode ser prejudicial?”
Sim. O excesso de HDL, de colesterol bom, também pode ser prejudicial e desestabilizar o organismo. O equilíbrio é o ponto chave.
Texto: Victor Hudson – Jornalista CHU-UFPA/EBSERH
Com informações da Unidade de Endocrinologia do Hospital Universitário João de Barros Barreto.