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CONSCIENTIZAÇÃO E INCLUSÃO
Informação de qualidade combate preconceito sobre Transtorno do Espectro Autista
Natal (RN) – É preciso combater o preconceito, buscar informação correta e construir ambientes acolhedores e inclusivos nos quais todos possam se sentir aceitos, respeitados e amados. Essa é a mensagem de profissionais dos hospitais universitários vinculados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) que trabalham com pessoas identificadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), como o Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN). Por ocasião do dia 2 de abril, data criada com o objetivo de atrair a atenção do público para esta realidade, a especialista do Hospital esclarece sobre diagnóstico e tratamento, e orienta as famílias.
O Dia Mundial de Conscientização do Autismo tem como objetivo conscientizar as pessoas e informar sobre o autismo e como lidar com o transtorno. “Até hoje vemos uma dificuldade em se identificar precocemente o Autismo. Existir um dia dedicado ao tema auxilia no reconhecimento da condição e, consequentemente, em seu diagnóstico”, disse a neuropediatra do Huol, Bianca Serafim.
De acordo com Bianca Serafim, o TEA é caraterizado pelo prejuízo na interação e comunicação sociais, associado a interesses restritos e comportamentos repetitivos, estas características podem se apresentar de maneiras distintas, divergindo em cada indivíduo com autismo.
Diagnóstico e tratamento do TEA
Bianca Serafim, explica que os exames complementares, como avaliação auditiva, são realizados para afastar outras condições. Entretanto, o diagnóstico é feito através da identificação pelo Neurologista Infantil ou Psiquiatra Infantil dos sinais e sintomas que caracterizam o autismo. “Deve-se considerar, ainda, que existem critérios a serem seguidos, para que o diagnóstico seja assertivo”, enfatiza.
A atenção às crianças com autismo deve ser prestada por uma equipe interdisciplinar especializada, com base na ciência ABA/Denver. “O detalhe é que este cuidado deve ser instituído precocemente, e este é o enfoque do Huol, diagnosticar em idade mais tenra e direcionar para intervenção precoce”. Bianca Serafim destaca que a família deve ficar em aleta para os sinais para procurar ajuda especializada. “Alguns sinais de alerta são a criança evitar fixar o olhar, não sorrir socialmente, não responder ao chamado, não realizar gestos como tchau ou mandar beijos e apresentar atraso de linguagem. Estas características estão presentes já no primeiro ano de vida e sua ausência deve motivar uma busca pelo médico”.
“Sempre que for percebido um atraso do desenvolvimento ou perda de habilidades procure o especialista. Na dúvida, aja! Esta ação pode modificar a evolução do seu filho”, finalizada, Bianca Serafim.
Sobre a Ebserh
O Huol-UFRN faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.