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EBSERH EM AÇÃO
Rede Ebserh realiza Mutirão de Saúde Indígena e Quilombola com 2.298 atendimentos
Brasília (DF) – Suianis Gonçalves, indígena da etnia Kaiwá, aguardava desde novembro de 2024 para a realização de uma consulta com um dermatologista. Agora, um ano depois, ela foi atendida no Hospital Universitário da Universidade Federal de Grande Dourados (HU-UFGD) durante o primeiro Mutirão de Saúde Indígena e Quilombola, promovido pelos hospitais universitários federais da Rede Ebserh.
Além de Suianis, outros 2.298 atendimentos – entre 1.376 exames e procedimentos, 854 consultas, 23 cirurgias e 45 internações – foram prestados à população indígena e quilombola entre os dias 3 e 8 de novembro em 11 unidades hospitalares vinculadas a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Dentre as etnias indígenas estão: Mura, Baré, Tikuna, Sateré-Mawé, Kokama, Baniwa, Munduruku, Koripako, Macuxi, Wapichana, Taurepang, Yanomami, Yekuana.
A iniciativa, parceria entre o Ministério da Saúde e a Ebserh, está ao alinhada ao programa “Agora tem Especialistas”, do Governo Federal, e integrada ao “Dia E – Ebserh em Ação”. O principal objetivo é ampliar o acesso a consultas e exames especializados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de promover o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e a continuidade do cuidado para as comunidades indígenas e quilombolas.
A diretora de Atenção à Saúde da Ebserh, Lumena Furtado, reforça que a ação faz parte da estratégia de qualificação do cuidado no SUS. "É o momento de identificar necessidades específicas e reafirmar o nosso compromisso em oferecer uma atenção especializada humanizada e culturalmente sensível, valorizando o acolhimento dentro da realidade de cada paciente", afirma.
Atendimento especializado
Suianis acessou a assistência especializada para investigar uma condição em sua pele. "Com os medicamentos certos, eu espero evolução e melhora no meu quadro, não apenas amenizar os sintomas", compartilha.
A vice-presidente da Associação da Comunidade do Quilombo Romana, Ione Corrêa, agradeceu a presença dos profissionais do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA). “A palavra é gratidão pelo trabalho brilhante da equipe médica e de cada profissional. Queremos deixar também um pedido: que em nosso próximo encontro venham ainda mais especialistas”, pontuou.
Já Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), um grupo de mulheres residentes do território indígena Wawi realizou consultas e exames ginecológicos. O esposo de uma delas, Jamto Suyá é estudante do curso intercultural da UFG e ficou sabendo do mutirão por intermédio de um professor. "Com o apoio da equipe da saúde indígena, conseguimos trazer as pacientes até o hospital. Para nós, esse acompanhamento de profissionais de saúde é importante", disse.
Ebserh em Ação
O Mutirão de Saúde Indígena e Quilombola está integrado ao “Dia E – Ebserh em Ação”, um programa contínuo em que já foram realizadas mais de 400 atividades ao longo do ano com o principal objetivo reduzir o tempo de espera por atendimentos no SUS. Essas mobilizações nacionais foram idealizadas pela estatal, em parceria com o Programa “Agora Tem Especialistas”, do Ministério da Saúde (MS).
A última edição do Dia E ocorreu em 13 de setembro com 34.290 atendimentos. Ao todo, foram realizadas 1.666 cirurgias, 4.043 consultas e 28.581 exames e procedimentos. O valor representa um aumento de 175% nos procedimentos realizados na primeira edição do mutirão, em 5 de julho. O terceiro Dia E já está previsto para dezembro, mês de aniversário dos 14 anos da Ebserh.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Geovana Oliveira
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh