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Parque Tecnológico CTI-Tec foi tema do Encontro de Tecnologia e Inovação de dezembro

- Lívia Bernardes, Fernando Ely, Natália Beck Sanches, Emílio Marins e Albert Lehi no Audtório do CTI Renato Archer.
O Parque Tecnológico do CTI Renato Archer foi o tema da edição de dezembro dos Encontros de Tecnologia e Inovação, que reuniu colaboradores e público externo no auditório da Unidade de Pesquisa, na manhã da última quarta (17/12). Intitulado “CTI-Tec: Impulsionando Deep Techs”, esse foi o oitavo evento da série.
O Coordenador dos Laboratórios Abertos do CTI, Fernando Ely, abriu a programação. Ely detalhou o processo que levou à criação do CTI-Tec, e explicou a sua relação com a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag), a instituição gestora do Parque.
Em seguida, o servidor Emílio Marins discutiu algumas ideias e conceitos-chave, começando por Inovação. Segundo Marins, antes de ser um conceito econômico, inovação é uma parte essencial da experiência humana: “a inovação está no DNA do ser humano; ela é uma expressão da sua criatividade”.
Como ideia nova – produto, processo ou serviço – que gera valor econômico e social, a inovação é impulsionada, na atualidade, pela “hélice tríplice” composta por Estado, Mercado e Universidades, três esferas relativamente independentes, mas ligadas por muitos elos. Parques Tecnológicos são organizações intermediárias, que sintetizam elementos das três esferas de forma a catalisar o desenvolvimento socioeconômico da região em que estão situados.
Um Parque Tecnológico é um dos atores que formam um ecossistema de inovação; sua função é fornecer serviços, recursos, infraestrutura e apoio necessários para que demais atores do ecossistema colaborem e desenvolvam seus projetos e suas empresas. Para detalhar os recursos oferecidos pelo CTI-Tec, Marins passou a palavra para a servidora Natália Beck Sanches, cuja apresentação focou no funcionamento do Parque.
Sanches explicou os programas de incubação e pré-incubação do CTI-Tec, por meio dos quais empresas são escolhidas, após processo seletivo divulgado em edital, para se instalar no campus do CTI Renato Archer e usufruir dos espaços de trabalho, estrutura laboratorial, estúdio de gravação, áreas de convivência e alimentação e demais conveniências do Parque.
Os grandes diferenciais do CTI-Tec, entretanto, são o acesso aos laboratórios do próprio CTI Renato Archer e os acompanhamentos técnico e empresarial. O Parque é focado exclusivamente em empresas de Deep Tech – startups de base científica-tecnológica, que demandam longos ciclos de pesquisa e desenvolvimento e alto capital de risco, com barreiras de entrada significativas relativas a propriedade intelectual e know-how. Os programas de incubação e pré-incubação garantem um mentor técnico para cada startup participante, escolhido dentre os pesquisadores do CTI por sua expertise e aderência ao projeto da empresa.
A aceleração tecnológica também é favorecida pela localização privilegiada do Parque, próximo a universidades, instituições de pesquisa e empresas de tecnologia, o que facilita o networking e o trabalho em colaboração. O CTI-Tec é credenciado no Sistema Paulista de Ambientes de Inovação (SPAI), o que significa acesso a políticas públicas e fortalecimento de parcerias com os demais integrantes da rede. “A empresa ganha muito vindo pra cá”, resumiu Sanches.
A Coordenadora de Ambientes de Inovação do CTI-Tec, Lívia Bernardes, foi a próxima a falar. Representando Fundepag, Bernardes detalhou a mentoria de negócios das empresas incubadas. São dez encontros periódicos de acompanhamento, seguindo um roteiro baseado na metodologia da inovação. Ferramentas do design thinking e conceitos do marketing e da administração estão na base da trilha desenvolvida pelo Parque para guiar as empresas até o mercado. “O que a gente oferece não é só laboratório, acompanhamento técnico e científico, possibilidades de pesquisa e desenvolvimento etc. – são melhores notas fiscais”, afirmou.
Encerrando o painel, uma das empresas pré-incubadas apresentou o seu pitch para o público. A BrainyAI está desenvolvendo um dispositivo de neurofeedback que utiliza inteligência artificial para realizar monitoramento de ondas cerebrais. O fundador da startup, Albert Lehi, enfatizou a proximidade de outras empresas e dos pesquisadores do CTI como aspectos valiosos do programa de pré-incubação: “Quando andamos com pessoas que sabem o que estão fazendo, isso faz toda a diferença”.
Como sempre, o Encontro foi finalizado com debate, no qual o público pôde direcionar perguntas e comentários aos painelistas.
Divisão de Relações Institucionais
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