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Agricultura espacial é foco de parcerias e pesquisas no CTI Renato Archer

- Os servidores do CTI Fabio Loyolla, Caíque Serati de Brito, Serguei Balachov e Ricardo Ogando no I SIAE
Produzir alimentos em ambientes extraterrestres, possibilitando viagens cósmicas prolongadas e até mesmo a colonização da Lua, de Marte e de outros planetas. A premissa pode parecer ficção científica, mas é esse o projeto cultivado pelo campo da agricultura espacial, área de pesquisa que vem se consolidando mundo afora à medida que potências globais e a iniciativa privada reavivam a corrida espacial.
O CTI Renato Archer também faz parte desses esforços. Entre 14 e 16 de outubro, os servidores Serguei Balachov, Ricardo Ogando e Caíque Serati de Brito acompanharam o I Simpósio Internacional de Agricultura Espacial (SIAE), que ocorreu no Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos (PIT). Organizado pela Embrapa e pela Agência Espacial Brasileira (AEB), o evento reuniu especialistas do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), NASA, Agência Internacional de Energia Atômica e diversas universidades brasileiras e estrangeiras para discutir o desenvolvimento de técnicas e tecnologias de space farming. O servidor do CTI Fabio Loyolla foi o mestre de cerimônias do Simpósio.
No dia 17, o CTI Renato Archer recebeu visita de pesquisadores do Instituto Agronômico de Campinas, do IF Goiano e da empresa de iluminação agrícola Spectral Int. As três instituições vêm atuando no desenvolvimento de fazendas verticais e ambientes de cultivo controlado. A parceria com o CTI acontece por meio da Space Farming Brazil, uma rede de pesquisa liderada pela Embrapa com suporte da AEB dedicada a desenvolver tecnologias de agricultura espacial.
Em junho deste ano, o CTI já havia recebido visita de Alessandra Fávero, pesquisadora da Embrapa e líder da Space Farming Brazil; em julho, foi a vez de outro integrante da rede conhecer a Unidade de Pesquisa: Fabiano Guimarães Silva, Diretor Geral do Campus Rio Verde do Instituto Federal Goiano.
O envolvimento do CTI com space farming acontece no contexto dos Acordos Artemis, dos quais o Brasil é signatário desde 2021. Estabelecidos pela NASA e assinados por 56 países, os acordos visam a cooperação internacional na exploração pacífica da Lua, de Marte e de outros corpos celestes.
Mas os avanços na agricultura espacial não são apenas uma aposta na futura expansão da humanidade pela galáxia. As pesquisas na área têm potencial para melhorar a produtividade agrícola aqui mesmo, na Terra, enfrentando desafios relacionados à crise climática, como escassez hídrica, aumento de temperatura e proliferação de pragas.
