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Duas imagens captadas por microscópios do Cetene ganham prêmio nacional
“Jardim das Flores” e “Ovo Frito” são os nomes das duas imagens feitas pelas assistentes técnicas do Cetene, Fábia Leite e Walkíria Melo, que venceram o Concurso de Imagens da Tescan do Brasil 2026. A seleção contou com mais de 50 concorrentes de todo o país e elegeu os 12 melhores registros, que comporão o calendário anual da empresa.
O concurso valoriza tanto a técnica na produção de “micrografias”, como são chamadas as imagens produzidas pelos microscópios, quanto a criatividade na colorização das fotos. O que diminui as fronteiras entre ciência e arte, além de revelar a natureza coletiva do trabalho científico.
“A seleção das imagens é feita por pessoas muito experientes no ramo, que são consideradas os melhores microscopistas do Brasil. Para nós, é uma honra muito grande saber que alguém olhou para a imagem, apreciou a técnica aplicada e gostou da criatividade”, avaliou Walkíria Melo.
Os trabalhos premiados são fruto de colaboração entre as pessoas que cederam as amostras para análise, as técnicas responsáveis pela análise e produção das imagens, e o colorista José Guilherme Arruda, à época vinculado ao NIT do Cetene, que é uma unidade de pesquisa do MCTI.
“Eu já havia participado de outra edição do Prêmio, mas sem sucesso. Recebi muito apoio e estímulo do André Dias, nosso chefe direto, e fico muito feliz com o resultado. É um reconhecimento importante e que estimula a gente a seguir participando e também executando um bom trabalho”, comentou Fábia Leite.
Parte do processo para garantia de um bom registro envolve a preparação das amostras, que passam por um processo de fixação numa base, secagem e metalização. A micrografia chamada de “Ovo Frito” na verdade é o registro de uma célula aderida em titânio funcionalizado; já o “Jardim de Flores” é a visualização do composto vanadato de bismuto.
A microscopia eletrônica utiliza feixes de elétrons ao invés de luz para revelar os detalhes das amostras. A abstração dos resultados é que estimula a imaginação. “Toda vez que a gente está fazendo as análises, a gente volta um pouco à infância, quando brincávamos com as formas das nuvens. A gente consegue ver um animal, outros objetos”, revelou Walkíria.
Além da visibilidade nacional nos calendários, as profissionais da microscopia também são contempladas com uma Alexa. As outras imagens premiadas são de microscopistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Itaipu Binacional, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade de Caxias do Sul e Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
