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MCTI 40 ANOS
Ciência, Tecnologia e Inovação: Um compromisso com o futuro do Brasil
Foto: Diego Galba (ASCOM/MCTI)
A criação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por decisão do presidente Tancredo Neves e efetivada pelo presidente José Sarney, em 1985, marcou um momento decisivo para o Brasil. Nascido no contexto da redemocratização, o MCTI expressa o encontro da democracia com o objetivo estratégico de promover o desenvolvimento econômico e social do Brasil com base na Ciência e Tecnologia nacionais.
Desde sua criação, apesar de períodos de instabilidade institucional e flutuações orçamentárias, o Ministério contribuiu decisivamente para a estruturação de um Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) robusto, capaz de viabilizar ambiciosos projetos de desenvolvimento por meio do conhecimento nacional, como a prospecção e exploração de petróleo em águas profundas, a viabilização de alternativas energéticas renováveis, a elevação da produtividade agrícola, a liderança global no setor da aviação regional, o domínio completo da tecnologia nuclear.
Em um mundo cada vez mais interconectado e competitivo, a capacidade de desenvolver ciência de fronteira — como a exploração espacial, a biotecnologia e a nanotecnologia — define o protagonismo dos países no cenário global. A visão estratégica em Inteligência Artificial (IA) não só impulsiona a produtividade e a inovação, mas também redefine setores inteiros, da Saúde à Defesa, criando novas oportunidades e desafios. A convivência com as mudanças climáticas exige soluções tecnológicas avançadas para a transição energética, a gestão de recursos naturais e a adaptação a eventos extremos.
As perspectivas para a implementação dessa Política de Estado se ampliaram significativamente com a aprovação, pelo Congresso Nacional, da Lei que transformou o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) em fundo financeiro e possibilitou a recomposição e liberação integral dos seus recursos. Isto permite ao Ministério focar investimentos expressivos e crescentes na estruturação de novas bases tecnológicas para o desenvolvimento industrial do Brasil (a Nova Indústria Brasil - NIB) e na viabilização de grandes projetos de infraestrutura de pesquisa, como o supercomputador para IA, o Laboratório de Máxima Contenção Biológica (Orion), o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), os satélites CBERS 5 e 6, entre outros.
Nos quarenta anos do MCTI, a recuperação da capacidade de investimento do Ministério abre caminho para conquistas e realizações ainda maiores.
A liberdade de pesquisa, o investimento em educação e a produção de conhecimento são elementos que sustentam uma sociedade democrática, inclusiva e crítica. Um país que investe em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) investe em sua capacidade de produzir conhecimento autônomo, de tomar decisões informadas e de garantir um futuro mais justo para todos. Nesse contexto, a Ciência e a Tecnologia se tornam fundamentais para o desenvolvimento econômico, para o aprimoramento das instituições democráticas e para o exercício pleno da cidadania.
Por isso, a criação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e sua continuidade ao longo das décadas, representa a materialização do compromisso do Brasil com o futuro. Nesses 40 anos, o MCTI celebra um futuro em que a Ciência e a Tecnologia são mais do que um instrumento de progresso e soberania nacional e tecnológica, são um pilar fundamental para a construção de uma nação mais justa, democrática e próspera para todos.
Luciana Santos (ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação - MCTI); Paulo Alvim, Marcos Pontes, Gilberto Kassab, Celso Pansera, Aldo Rebelo, Clélio Campolina Diniz, Aloizio Mercadante, Sérgio Rezende, Roberto Amaral, Luiz Carlos Bresser-Pereira, José Israel Vargas e José Goldemberg (ex-ministros do MCTI).
Publicado em 30/03/2025 no jornal Folha de S.Paulo