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Simpósio do CLAF no CBPF fortalece articulação regional com o CERN
O Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) sediou, no dia 14 de novembro, o “CLAF Symposium – Opportunities for Latin-American Cooperation in High-Energy Physics with CERN”, promovido pelo Centro Latino-Americano de Física (CLAF). O encontro ocorreu em coordenação com a conferência internacional “Advances in Quantum Chromodynamics at The Large Hadron Collider (LHC) and the Electron-Ion Collider (EIC)”, realizada de 10 a 14 de novembro. O evento trouxe perspectivas de diferentes atores internacionais para temas da agenda científica global, como pesquisas em altas energias, cooperação regional e a associação à Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN).
Ao reunir representantes de instituições brasileiras, latino-americanas e europeias, o simpósio posicionou o CBPF como espaço estratégico para o diálogo científico e político sobre temas centrais da agenda global — como física de altas energias, integração regional e as perspectivas de associação da América Latina ao CERN.
Para Ulisses Barres de Almeida, pesquisador do CBPF e diretor do CLAF, o evento lança bases importantes para o futuro da cooperação internacional no continente: “Espero que este evento marque o primeiro passo de uma longa série de atividades entre o CLAF, o CERN e as nossas comunidades, em benefício do desenvolvimento da física de altas energias em toda a América Latina”.
Um dos momentos mais significativos do simpósio foi a assinatura do acordo de cooperação entre o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e o CERN, que formaliza a participação brasileira no estudo de viabilidade do Future Circular Collider (FCC) — projeto que visa construir o mais potente acelerador de partículas do mundo, superando o Large Hadron Collider (LHC).
O ato contou com as presenças de Antonio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM, e Salvatore Mele, Conselheiro Sênior de Relações Internacionais do CERN, e com a participação remota de Michael Benedik, atual líder do projeto do FCC. Segundo Roque, “a participação do CNPEM no consórcio global demonstra a maturidade da ciência brasileira e a capacidade de colaborar em projetos científicos de grande escala”.
Figuras-chave do cenário internacional e governamental também enriqueceram o debate, como Mário Pimenta (Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas – LIP Portugal), Carlos Matsumoto (chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – ASIN/MCTI), Rafael Navarro (oficial de Ligação com a Indústria Brasileira no CERN) e Rogério Rosenfeld (vice-diretor do International Centre for Theoretical Physics – South American Institute for Fundamental Research – ICTP-SAIFR). A presença desses atores reforça a dimensão política do encontro, que articula diplomacia científica, integração regional e construção de capacidades estratégicas.
Com cada evento que acolhe, o CBPF reafirma sua vocação como hub nacional da ciência, conectando instituições, fortalecendo parcerias internacionais e ampliando o protagonismo brasileiro no cenário científico global.
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