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QuantumTec avança com linguagem própria para os chips quânticos
O Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) dá mais um passo para consolidar o Brasil no cenário das tecnologias quânticas. Em colaboração com o instituto, pesquisadores e doutorandos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estão desenvolvendo uma linguagem de programação própria para o chip quântico do CBPF – um avanço que busca construir um ecossistema nacional de computação quântica.
Evandro Rosa (http://lattes.cnpq.br/8132354821249693), doutorando da UFSC e cofundador da startup Quantuloop, é o responsável pela criação da linguagem Ket, que utiliza Python para desenvolver softwares quânticos:
“Além da plataforma Ket, criada na UFSC em 2020, o sistema QuBridge também será usado. O objetivo é ter um sistema operacional que faça todo o processo, do controle de baixo nível até a programação em alto nível. Isso vai facilitar a execução de algoritmos quânticos”, explica.
A plataforma, 100% nacional, garante maior independência tecnológica ao laboratório por reduzir a dependência de soluções estrangeiras, um ponto estratégico para o desenvolvimento científico do país.
Além de Evandro, o professor Eduardo Duzzioni, também da UFSC, compõe a equipe e destaca a relevância do laboratório estar ganhando espaço: “Apesar de esse não ser o primeiro computador quântico no Brasil, ele é o primeiro escalável. Ou seja, podemos aumentar os qubits e ampliar a pesquisa”.
Segurança Cibernética
Outra frente de inovação trazida para o laboratório é o de segurança cibernética. Segundo Duzzioni, computadores quânticos também podem sofrer ataques, visto que são controlados por computadores tradicionais: “Computadores quânticos podem ser uma ameaça aos sistemas tradicionais por quebrarem algoritmos criptográficos. Mas, se não houver cuidado, eles também podem ser alvo de ataques. Estamos trazendo soluções de criptografia pós-quântica para proteger tanto os computadores clássicos que controlam o sistema como os próprios computadores quânticos”, explica.
Sobre o QuantumTEC
O Laboratório QuantumTEC em implantação se destina à fabricação de dispositivos supercondutores, mais especificamente, chips quânticos, SQUIDs (dispositivos de interferência quântica supercondutor, em tradução livre), amplificadores paramétricos, detectores de fótons, entre outros, além de se dedicar à comunicação quântica, que também tem recursos do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Informação Quântica e do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).