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Pesquisadora do CBPF é selecionada na primeira chamada do Ciência Pioneira
Uma quebra de paradigmas começa com o Ciência Pioneira. O programa que visa investir em pesquisas com potencial disruptivo para a saúde e promover a ciência de fronteira anunciou nesta quarta-feira (07), os 15 jovens cientistas que receberão auxílio de 160 mil reais durante três anos. A pesquisadora recém-chegada do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, Carmem Gilardoni foi uma das selecionadas.

- Carmem Gilardoni integra o quadro de pesquisadores da Coordenação de Matéria Condensada, Física Aplicada e Nanociência (Crédito: Ciência Pioneira)
“Eu estou muito feliz e honrada de ter este projeto financiado pelo instituto IDOR e a iniciativa Ciência Pioneira. Como físicos, temos imenso potencial de colaborar e interagir com outras áreas, inclusive as da saúde. Podemos aprender muito com essa interação e oferecer soluções inovadoras a partir dos sistemas físicos que estudamos”, afirma a pesquisadora.
A Física na saúde
O projeto de Gilardoni pretende utilizar sensores quânticos baseados em defeitos atômicos em diamantes para aprimorar a técnica de imagem por ressonância magnética, amplamente usada na medicina, mas que enfrenta desafios relacionados ao alto custo envolvido e limitação de resolução espacial. Estes desafios surgem da necessidade de campos magnéticos intensos e longos tempos de aquisição para captar sinais fracos de núcleos no organismo. A solução proposta no projeto aposta em sensores que funcionam à temperatura ambiente e podem ser ativados por luz, eliminando a necessidade de grandes equipamentos e permitindo a detecção de estruturas magnéticas em uma escala nanométrica. Essa inovação pode transformar a forma como são investigados os processos biológicos e neurológicos, abrindo caminho para diagnósticos mais precisos e acessíveis.
Sobre o Ciência Pioneira
A Ciência Pioneira é uma iniciativa do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) voltada ao apoio na formação, desenvolvimento e atração de talentos para produzir ciência de fronteira no Brasil. Independente e sem fins lucrativos, a iniciativa pretende investir, em dez anos, R$ 500 milhões em linhas de estudo promissoras e pouco exploradas na interface entre as ciências biomédicas e da saúde e as ciências exatas. Na primeira chamada pública, o edital possui apoio complementar da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) aos pesquisadores situados no estado. Ao todo serão investidos R$ 7,2 milhões nos jovens cientistas selecionados.
A presença do CBPF entre os projetos selecionados reforça o potencial da física em áreas estratégicas e de grande importância para a sociedade.
Saiba mais sobre o programa: https://cienciapioneira.org/