I Escola de Computação e Inteligência Artificial na Física reúne pesquisadores e estudantes no CBPF

Reforçando seu compromisso com a formação de novas gerações de cientistas e com a integração entre física e tecnologia, o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) promoveu, de 20 a 24 de outubro, a I Escola de Computação e Inteligência Artificial na Física. O evento reuniu pesquisadores, estudantes e profissionais interessados nas aplicações de métodos computacionais e de inteligência artificial (IA) em diferentes áreas da física.

A programação combinou aulas teóricas e atividades práticas, cobrindo temas como Fundamentos Estatísticos, Métodos em Física Computacional, Computação em Física de Altas Energias, Astrofísica e Cosmologia Computacional, Geofísica com IA e Computação Quântica.

Momento hands-on durante a I Escola de IA - Crédito: NCS/CBPF

Para Sidney Junior, estudante do Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista (IFT-UNESP), a experiência foi uma oportunidade para entender como a física e a inteligência artificial interagem para produzir resultados que podem ser impactantes para toda a sociedade.

Um dos destaques do evento foram os minicursos hands-on, em que os participantes puderam aplicar, na prática, os conceitos apresentados ao longo da semana. A atividade estimulou a integração entre os integrantes e a troca de experiências entre diferentes formações e níveis de pesquisa.

“Sou mestranda em física e é um prazer muito grande estar aqui, me sinto muito privilegiada, é um sonho estar aqui nesse instituto altamente referenciado no Brasil e na minha área”, avalia Ana Lidia Miranda, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

No último dia da Escola, os grupos apresentaram as análises desenvolvidas durante as atividades práticas, encerrando o evento em um ambiente de colaboração e aprendizado coletivo.

Angelita da Silva, pedagoga e magistrada da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), que participou do evento buscando compreender melhor o quanto a inteligência artificial e a ciência da computação podem afetar o mundo da educação, afirmou que suas impressões são positivas: “São pessoas que desenvolvem uma atividade que nós, enquanto brasileiras e brasileiros, devemos nos orgulhar, defender essa ciência e defender todo esse empenho de democratizar a ciência para todos os cantos do país, de norte a sul”.

Participantes da I Escola de IA - Crédito: NCS/CBPF

O evento surgiu como iniciativa do Laboratório de Inteligência Artificial (Lab-IA), coordenado pelo tecnologista Clécio R. Bom, e foi organizado por pesquisadores e tecnologistas do instituto.

Além disso, contou com a participação de diversos colaboradores, dentre eles: Nuno Araújo (Universidade de Lisboa), Márcio de Menezes (Universidade Federal Fluminense – UFF), Rodrigo Pereira (UFF), Sílvio Queirós (CBPF), Flaviano dos Santos (CBPF) e o Alan Maioli (postdoc/CBPF), Bruno dos Santos Silva (Observatório Nacional – ON), João Rebouças (CBPF), Guilherme Brando (CBPF) e Gabriela Marques (CBPF), além de toda equipe do Laboratório de Inteligência Artificial do CBPF: Phelipe D´Arc, Ulisses Ribeiro, Luciana Dias, Luidhy Santana-Silva e Bernardo Fraga.

A iniciativa consolida o CBPF como um espaço de formação interdisciplinar e inovação científica, fortalecendo a interface entre física, computação e inteligência artificial.