CBPF e Ibict assinam Acordo de Cooperação no III Encontro da Rede Brasileira de Repositórios Digitais

O Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) consolidou mais uma cooperação institucional. No dia 4 de julho, assinou o Acordo de Cooperação Técnica com o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), no âmbito do Programa Ciência Aberta – edital que contemplou projetos de pesquisa e desenvolvimento com ações de transferência de conhecimento e incubação de Repositórios de Dados de Pesquisa. O CBPF, através do Núcleo de Informação C&T e Biblioteca (NIB), foi uma das instituições selecionadas no edital.

O acordo foi assinado durante o III Encontro da Rede Brasileira de Repositórios Digitais (RBRD), que ocorreu nos dias 3 e 4 de julho no CBPF. O evento, organizado pelo CBPF, em parceria com o Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz), o Ibict e as coordenações das Redes Regionais dos Repositórios, teve como tema “Ciência Aberta e Repositórios Digitais” e reuniu pesquisadores de todo o Brasil, de Portugal e da América Latina.

Assinatura do Acordo de Cooperação - Crédito: NCS/CBPF

A mesa de abertura do evento foi composta por Marcio Portes de Albuquerque, diretor do CBPF, ao lado de Tania Santos (Icict), Tiago Braga (Ibict), Marco Lucchesi (Fundação Biblioteca Nacional / Academia Brasileira de Letras), Verena Hitner (Departamento de Governança e Indicadores de Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e Leandro Ciuffo (Rede Nacional de Pesquisas). Albuquerque ressaltou a importância do encontro:

“A alegria de ter este evento aqui, sobre repositórios digitais, é imensa pela importância para o desenvolvimento de uma ciência aberta. Essa iniciativa das unidades de pesquisa e da Fiocruz é muito relevante porque a ciência precisa, cada vez mais, trabalhar neste modelo. Isso não é uma resposta às agências de fomento, que nos pedem isso, mas uma necessidade para trazer ainda mais confiabilidade e parcerias estratégicas”.

Mesa de abertura - Crédito: NCS/CBPF

Após a mesa de abertura, Nilton Alves Junior, tecnologista e responsável pelo NIB também enfatizou a importância estratégica para o CBPF sediar o encontro:

“Estou muito feliz por fazer parte da coordenação deste evento porque nossa biblioteca está presente e se insere, de novo, no cenário nacional. É a primeira vez que o CBPF recebe um evento de biblioteconomia ou ciência da informação. Isso é motivo de orgulho para nós”.

Nilton também apresentou o repositório do instituto e o processo para seu desenvolvimento. No DataverseCBPF, é possível compartilhar, preservar, citar, explorar e analisar dados de pesquisa produzidos no CBPF. Importante ferramenta de gerenciamento e administração de dados científicos, tem como objetivo compartilhá-los com a comunidade científica, com a anuência de seus produtores:

“Somos referência na área de física, com mais de 30 mil livros e 60 mil fascículos de jornais e periódicos. Desde 2017, quando criamos o NIB para prestar serviços de informação ao CBPF, à comunidade científica e ao público em geral sobre física e assuntos relacionados, a biblioteca vem se fortalecendo. Agora, posso afirmar que a biblioteca do CBPF está de volta”.

Nilton durante sua apresentação - Crédito: NCS/CBPF

Durante os dois dias do evento, os debates se concentraram em temas como repositórios, avaliação e certificação, sustentabilidade, curadoria, preservação digital e inteligência artificial. Em formato híbrido, contou com transmissão ao vivo pelo YouTube pelos canais do CBPF e da VideoSaúde da Fiocruz

Presencialmente, mais de 100 pessoas participaram. Até o dia 8 de julho, mais de 4.400 pessoas acessaram o evento pelos canais digitais. Para ver as palestras e os debates, acesse o canal do CBPF no YouTube. 

Sobre a Rede Brasileira de Repositórios Digitais 

A Rede Brasileira de Repositórios Digitais (RBRD) tem por objetivo impulsionar a criação e manutenção de repositórios de publicações e repositórios de dados de pesquisa em todas as regiões do Brasil voltadas ao fortalecimento da Ciência Aberta. Trata-se de uma iniciativa que conta com a participação de inúmeras instituições de ensino e pesquisa brasileiras. A Rede é coordenada pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e é constituída por outras cinco sub-redes: Rede Norte, Rede Sul, Rede Sudeste, Rede Nordeste e Rede Centro-Oeste. Cada uma realiza ações voltadas à disseminação dos princípios da Ciência Aberta em sua respectiva região. O Ibict atua como articulador nacional, disseminando boas práticas e recomendações internacionais para a implementação, manutenção e interoperabilidade dos repositórios digitais

Os encontros, que ocorrem desde 2022, são resultado da necessidade identificada pelo Ibict e pelas coordenadoras das redes regionais de promover um espaço dedicado à discussão sobre repositórios digitais, Ciência Aberta, Dados de Pesquisa e Acesso Aberto.