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Museu Goeldi contribui com agenda transnacional durante a COP-30
- Foto: Frank Chávez / Sinchi
Agência Museu Goeldi – Sede de um conjunto amplo de programações científicas, culturais e diplomáticas no decorrer das agendas da Conferência das Partes da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima (COP30), a ser realizada em Belém, neste mês de novembro, o Museu Goeldi abrigará mostra fotográfica, eventos temáticos e lançamento de publicação organizadas pela Rede Bioamazônia, no Parque Zoobotânico. Os oito institutos de pesquisa e inovação em biodiversidade da Pan-amazônia integrantes da rede, incluindo o próprio Museu Goeldi, apresentam à sociedade uma síntese do trabalho que vêm desenvolvendo, em conjunto, desde 2023, mas, sobretudo, desde o primeiro semestre de 2025.
Sobre a estratégia transnacional, o diretor do Museu Goeldi, Nilson Gabas Jr, afirma que “o que é comum entre todos os dirigentes dos institutos de pesquisa da rede é a percepção de que a ciência precisa ser prática, que auxilie no desenvolvimento das comunidades e na resolução de problemas, uma rede cujo resultado dos trabalhos sirva para os tomadores de decisão elaborarem boas políticas públicas”.
Os visitantes do Parque Zoobotânico - que estará aberto à visitação pública diariamente e de forma gratuita durante todo o período da COP-30 - poderão conferir a mostra fotográfica “Amazônia a olhos vistos”, do dia 9 ao dia 21 deste mês, na área do entorno do Espaço Raízes.
Os painéis ao ar livre exibirão 20 imagens registradas por fotógrafos dos institutos membros da rede, com curadoria de João Valsecchi do Amaral e Miguel Monteiro, ambos do Instituto Mamirauá. A concepção leva em conta a necessidade de difundir, por um lado, “um pouco dos impactos que a Amazônia tem sofrido, de modo geral, desde seca extrema, espécies exóticas invasoras, degradação ambiental provocada pelo fogo”, descreve Miguel, e, por outro, “as ações dos institutos integrantes da rede, como soluções para contrapor esses impactos, incluindo projetos que envolvem bioeconomia, monitoramento participativo, trabalho com comunidades tradicionais, fortalecimento de culturas indígenas”.
Debates - O púbico também poderá acompanhar o debate de questões cruciais postas em pauta por pesquisadores da rede. Será um tema por dia, de 11 a 14 de novembro, das 11h às 12h, no auditório da Estação Amazônia Sempre, localizado no Centro de Exposições Eduardo Galvão. Cada debate terá a participação de pesquisadores do Museu Goeldi. O primeiro assunto da semana será a “Dinâmica de conflitos e ameaças à biodiversidade na Pan-amazônia”, com a colaboração do biólogo Alberto Akama. No do dia 12, o foco será em “Sistemas de conhecimento e governança local na Amazônia”, com as contribuições da antropóloga Claudia López. Dia 13, será a vez de discutir sobre “Bioeconomia amazônica potencializada pela ciência”, momento que contará com as pontuações do geólogo Amílcar Mendes. Por fim, no dia 14, as reflexões se voltam para a “Abordagem integrada de conhecimento e gestão da biodiversidade na Pan-amazônia”, com os aportes da bióloga Ana Prudente.
Já no dia 15, a programação inicia mais cedo: será de 9h30 às 10h30. O público poderá conferir as discussões sobre “Caminhos para a ciência pan-amazônica”, com a participação dos diretores de cada um dos oito institutos da rede, sendo seguida do lançamento de publicação homônima.
Publicação - A obra reúne notas conceituais elaboradas de forma colaborativa por pesquisadores e especialistas da Rede Bioamazônia. O documento expressa uma visão compartilhada sobre bioeconomia; sistemas de conhecimento e governança local; conhecimento e gestão da biodiversidade; e conflitos e ameaças. Os autores buscaram explorar conceitos, identificar lacunas científicas e propor recomendações dentro de uma perspectiva sistêmica e pan-amazônica.
Com ilustrações da artista manauara Hadna Abreu (AM) e apoio do Programa Amazônia Sempre, coordenado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a publicação “Caminhos para a ciência pan-amazônica” tem selo da Editora Inpa e será disponibilizada em sua versão digital no site da Rede Bioamazonia.
Todos os eventos da Rede Bioamazonia na Estação Amazônia Sempre terão tradução (Português, Espanhol e Inglês) disponível pelo Interactio APP. Cada evento terá um QR Code disponível na entrada do auditório para acessar o áudio da tradução. A pessoa que deseja utilizar o serviço deverá levar seu próprio fone de ouvido e celular com conexão estável de internet.
Rede – Integram a Rede Bioamazônia o Instituto de Pesquisa de Recursos Biológicos Alexander Von Humboldt e o Instituto Amazônico de Pesquisas Científicas Sinchi, ambos da Colômbia; o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), do Brasil; o Instituto de Pesquisas da Amazônia Peruana, do Peru; o Instituto Nacional de Biodiversidade, do Equador; e o Instituto de Ecologia da Universidade Maior de San Andrés, da Bolívia.
A programação da rede faz parte da Estação Amazônia Sempre, um espaço colaborativo promovida pelo Programa Amazônia Sempre, coordenado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em parceria com o Museu Goeldi e o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI).
Serviço:
Rede Bioamazônia na COP-30
-Exposição “Amazônia a olhos vistos”
De 9 a 21 de novembro
Na área do entorno do Espaço Raízes
-Debates
De 11 a 14, de 11h às 12h
Dia 15, de 9h às 10h30
No auditório da Estação Amazônia Sempre, localizado no Centro de Exposições Eduardo Galvão.
Parque Zoobotânico do Museu Goeldi:
Entrada no Parque: 9h - 16h
Fechamento do Parque: 17h
Endereço: Av. Governador Magalhães Barata, 376 - São Braz, Belém - PA
Texto: Erika Morhy
