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Startup incubada no INPA, Aqua Viridi, conquista destaque nacional e internacional em biotecnologia amazônica
CEO da AQUA VIRIDI, Fabiane Almeida. Banner: Jhully Chaves
A startup Aqua Viridi, incubada no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), conquistou importantes reconhecimentos no cenário nacional e internacional de inovação tecnológica. A empresa, que desenvolve soluções sustentáveis fundamentadas em ciência e tecnologia amazônica, foi selecionada entre mais de 1.800 inscritos para o módulo de Tração do BNDES Garagem, maior programa de tração de impacto do país. Além disso, integrou o grupo das 10 deeptechs brasileiras selecionadas pelo Catalisa ICT/Sebrae Nacional que compôs a delegação oficial na Missão Internacional ao Web Summit Portugal 2025, evento que reuniu líderes globais em tecnologia, inovação e empreendedorismo.
O BNDES Garagem, promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, tem como objetivo fortalecer negócios inovadores que são relevantes para um Brasil mais resiliente, justo e de baixo carbono. Ser uma das 100 startups selecionadas nesta edição demonstra o potencial de impacto da Aqua Viridi e sua capacidade de gerar soluções compatíveis com as demandas socioambientais do país.
Já o reconhecimento do Catalisa ICT, programa do Sebrae que fomenta a transformação de pesquisas científicas em negócios inovadores, posiciona-se no Aqua Viridi no cenário internacional ao participar do Web Summit Portugal 2025, que ocorreu em Lisboa e Aveiro. A missão envolveu oportunidades de conexão com investidores, parceiros estratégicos e representantes de ecossistemas de inovação de diversos países.
ENTREVISTA — CEO da AQUA VIRIDI, Fabiane Almeida:
A CEO da Aqua Viridi, Fabiane Almeida, durante a entrevista destacou a essência da startup e a importância recente das conquistas que reforçam seu posicionamento como referência em biotecnologia amazônica.
Como você apresenta a Aqua Viridi para quem ainda não conhece a startup?
Fabiane explica que a Aqua Viridi é a primeira biorrefinaria de microalgas da Amazônia, resultado de uma startup de base científica que transforma espécies nativas em soluções sustentáveis com aplicações diversas.
“Nós desenvolvemos produtos para agricultura, como biofertilizantes e bioestimulantes; para alimentação animal, com a nossa farinha de microalgas; para a indústria cosmética, com extração de compostos como vitamina E; para a indústria têxtil, com ficocianina; e futuramente para a nutrição humana”, detalha.
Segundo ela, a missão da empresa se baseia em circularidade, valorização da biodiversidade amazônica e redução de impactos ambientais, sempre pautada em ciência: “É da Amazônia para a Amazônia.”
O que significa estar entre as selecionadas do BNDES Garagem Tração?
Ser escolhida entre mais de 1.800 negócios é, para Fabiane, um marco decisivo.
“É o reconhecimento da relevância da nossa tecnologia e do impacto que ela pode gerar em escala. O módulo de Tração é voltado para startups com potencial real de crescimento — e estar ali reforça nossa credibilidade diante de parceiros, investidores e do ecossistema de inovação do Norte.”
Ela conta que a candidatura ao programa foi planejada: “Nós já acompanhávamos o BNDES Garagem há algum tempo e sabíamos o impacto positivo que ele gera. Estar entre os selecionados é altamente significativo.”
E como foi receber a notícia da seleção para o Web Summit 2025, em Portugal?
Fabiane celebra o feito: “O Web Summit é o maior evento de tecnologia e inovação do mundo. Estar presente novamente, agora entre as dez deeptechs indicadas pelo Catalisa ICT, é extraordinário.”
Ela destaca que o Catalisa ICT/Sebrae Nacional desempenhou papel decisivo na história da empresa:
“O Catalisa foi um dos melhores programas que já participamos. Passamos pelos módulos de Ideação, Teste e Escalar. Esse programa precisa ser celebrado no Brasil. Graças a ele, chegamos à etapa internacional.”
A CEO também enfatiza que a startup tem avançado fortemente em internacionalização: “Só este ano estivemos três vezes em Lisboa e também na Suíça. Isso mostra nossa capacidade de levar uma tecnologia 100% amazônica para o cenário global.”
Qual é a contribuição da incubação no INPA para a Aqua Viridi?
“O INPA sempre fez parte da nossa trajetória. Três dos quatro sócios são egressos da instituição. A incubação garante rigor científico, validação dos processos e reforça nossa atuação baseada em evidências”, afirma.
Ela acrescenta que o apoio do Instituto tem sido fundamental para o amadurecimento tecnológico e estratégico da startup, fortalecendo sua credibilidade no ecossistema de inovação.
Quais são os próximos passos da Aqua Viridi?
Fabiane explica que 2025 e 2026 serão anos de expansão:
“Pretendemos escalar nossa produção — hoje temos 5 mil litros instalados e queremos crescer pelo menos dez vezes mais.”
A empresa aguarda aprovação no programa Tecnova, o que poderá acelerar essa expansão.
Entre as metas, ela cita:
- ampliar parcerias no interior do Amazonas, especialmente no Alto Solimões;
- fortalecer o time comercial para acelerar entrada no mercado;
- dar continuidade ao processo de internacionalização;
- e investir continuamente em P&D e novos compostos bioativos.
“Estamos avançando para levar a biotecnologia amazônica a novos mercados, com responsabilidade, ciência e impacto positivo”, conclui.
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