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Trajetória científica na Amazônia abre Congresso de Iniciação Científica e Tecnológica no Inpa
Foto: Anne Karoline/ Ascom Inpa
Na manhã desta segunda-feira (18), o Auditório da Ciência recebeu a abertura oficial do XII Congresso de Iniciação Científica (CONIC) e o IV Congresso de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CONITI), promovidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) . A solenidade reuniu pesquisadores, estudantes e autoridades, entre eles o diretor do Instituto, professor Henrique Pereira, que destacou a importância do trabalho em rede para o fortalecimento da produção científica. Representantes do Programa de Apoio à Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Paic/Fapeam) e do Programa de Pós-Graduação do Inpa também marcaram presença, ressaltando as parcerias e iniciativas voltadas à formação de novos pesquisadores no Estado.
A abertura do Congresso foi marcada pela palestra da pesquisadora do Laboratório de Citotaxonomia e Insetos Aquáticos (Lacia), Neusa Hamada, que ministrou a palestra “Uma bióloga na Amazônia: a construção de uma carreira científica”, compartilhando sua trajetória na pesquisa e destacando que a iniciação científica é um período de descoberta e experimentação.
“O programa de iniciação científica é super importante para que o aluno escolha a área com a qual quer trabalhar no futuro. É um período de experimentação. Muitos começam com um projeto e vão até o final com ele, se encontrando naquela área de conhecimento. Outros vão mudando até se identificarem com uma área em que realmente serão felizes trabalhando”, frisou a pesquisadora.
Segundo a pesquisadora, os estudantes têm a oportunidade de explorar diferentes áreas, encontrar sua vocação e perceber que a felicidade no trabalho é essencial para construir uma carreira sólida na ciência.
“Você tem que ser feliz com aquilo que faz. Se não for, não vai trabalhar direito, vai viver estressado, querer faltar e não cumprir seus objetivos, porque não é aquilo que realmente deseja. Por isso, o PIBIC, a iniciação científica, é parte essencial para que o aluno se encontre e descubra se a pesquisa é realmente o que quer fazer na vida. Muitos terminam o Programa, mas percebem que não é a pesquisa que querem seguir no futuro.”
Divulgação científica: o lado lúdico da pesquisa em campo
A palestra também ressaltou a importância da divulgação científica como elemento essencial na vida em campo. Fazer ciência é levar conhecimento e esclarecimento às comunidades, mostrar o processo de pesquisa a todos que desejam compreender o trabalho do pesquisador, e valorizar o caráter lúdico e o trabalho de base que sustentam a ciência na Amazônia.
A programação
Durante a semana, os bolsistas de iniciação científica e de iniciação tecnológica e inovação farão apresentações orais dos trabalhos desenvolvidos no decorrer de um ano, entre 2024 e 2025, em mais de dez áreas de conhecimento: botânica, genética, agronomia, engenharias, clima e ambiente, recursos florestais, multidisciplinar, ciências humanas e sociais, zoologia, saúde, ecologia e química de produtos naturais.
Na abertura, a chefe da Divisão de Apoio à Capacitação (DICAP) do Inpa, Eleilza Litaiff, destacou a trajetória e o papel transformador do programa de iniciação científica.
“O programa de iniciação científica do Inpa tem 34 anos. Ele é um jovem senhor entrando na maturidade. É um programa que trabalha com vocação, com o jovem, com aquele primeiro passo de quem deseja seguir a carreira científica. Nosso público-alvo são os estudantes de diversas universidades que chegam ao Inpa e encontram aqui um local de referência para sua formação”, pontuou,
Para Litaiff, o evento apresenta o que foi realizado durante um ano de pesquisa, trazendo os resultados dos estudantes. “Nós temos 13 subáreas na iniciação científica, que abrangem diferentes áreas do conhecimento. Também contamos com o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), que estimula vocações e juventude, mas com foco na produção tecnológica”, finalizou.
Nesta edição, o evento reúne resultados de 150 trabalhos realizados por estudantes de graduação em campo e em laboratório, a diversidade de temas desenvolvidos no Inpa e a contribuição das diferentes áreas do conhecimento para a compreensão e preservação do bioma amazônico.
Na sexta-feira (22), às 15h, acontecerá a palestra de encerramento do Congresso, ministrada pelo diretor do Inpa, professor Henrique Pereira, com o tema “Sementes de conhecimento, horizontes de transformação: o jovem pesquisador no mundo da mudança”. Em seguida, será realizada a premiação Menção Honrosa, que reconhece trabalhos de destaque da edição anterior (2023-2024) e a contribuição de jovens pesquisadores.
Pibic e Pibiti
O Programa de Iniciação Científica do Inpa conta com o financiamento das bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq (Pibic/CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Paic/Fapeam). O Programa de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti/ CNPq) é financiado pelo CNPq.
O Programa de formação científica tem o objetivo proporcionar ao bolsista de graduação, orientado por pesquisador qualificado, a aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa, bem como estimular o desenvolvimento do pensar cientificamente e da criatividade, decorrentes das condições criadas pelo confronto direto com os problemas de pesquisa, também, formar pessoal qualificado para o futuro ingresso nos Programas de Pós-graduação. Já o Programa Institucional de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, os jovens do ensino superior são estimulados nas mesmas metodologias e práticas próprias, aproximando o aluno das demandas e soluções do setor produtivo.



