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Pesquisadores do Inpa são contemplados com bolsas de produtividade reafirmando excelência científica na Amazônia
Sete cientistas da instituição tiveram bolsas implementadas. No total o Inpa conta com 22 bolsistas de produtividade do CNPq. Banner: Carol Sackser- Ascom Inpa
Pesquisadores de destaque em todo o país tiveram seus trabalhos reconhecidos com o resultado das bolsas de produtividade, chamada nº 18/2024 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Entre os contemplados, sete pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) implementaram bolsas na modalidade de Produtividade em Pesquisa (PQ), reforçando a relevância da instituição no cenário nacional e o papel essencial para o avanço da ciência na região amazônica.
Adriano Lima, Luiz Antonio Candido, Maria Inês Higuchi, Neusa Hamada, Ricardo Marenco, Rosemary Roque e Rosaly Ale-Rocha são os pesquisadores do Inpa com bolsas implementadas. Além deles, o diretor do Inpa, o professor Henrique Pereira, figura entre os contemplados. No entanto, a aprovação se deu por meio do projeto “Manejo Integrado de Impactos de Desastres Naturais no Amazonas-Brasil e Moçambique (IMPACT)”, submetido pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), instituição da qual é docente e pesquisador.
A bolsa de produtividade, ofertada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) por meio do CNPq, visa reconhecer e incentivar a atuação de pesquisadores em diversas áreas do conhecimento. Além de fomentar a continuidade de pesquisas de alto impacto, também busca estimular o desenvolvimento de soluções tecnológicas e de relevância social. “Eu considero a bolsa de produtividade do CNPq como uma das políticas mais significativas de incentivo ao trabalho dos pesquisadores e das pesquisadoras brasileiras. E ter, entre os quadros, sete dos bolsistas do Inpa, é um motivo de orgulho e só reforça a nossa capacidade de sermos uma organização científica de impacto para a ciência brasileira”, afirmou o diretor Henrique Pereira.
No Inpa, os pesquisadores contemplados atuam em áreas estratégicas como zoologia, ecologia, botânica, entomologia, psicoogia e microbiologia. Para o coordenador da Coordenação-Geral de Pesquisa, Capacitação e Extensão (CGPE) do Inpa, Jorge Porto, o resultado reafirma o protagonismo da instituição na ciência amazônica. “A aprovação de nossos pesquisadores em uma chamada tão competitiva é um indicativo claro da solidez e da relevância do Inpa como centro de excelência em ciência e tecnologia para a Amazônia. Além disso, o reconhecimento pelo CNPq demonstra que nossos esforços estão alinhados com as demandas da sociedade e com os desafios contemporâneos da região”, destacou Porto.
Entre os destaques está a pesquisadora Neusa Hamada, que obteve novamente a bolsa de nível A — a mais alta da categoria — com o projeto Estudos Integrados sobre Insetos Aquáticos e sua Aplicação na Divulgação da Ciência, proposta que integra e articula os objetivos de todas as ações atualmente desenvolvidas sob sua coordenação no Inpa. Com dez anos como bolsista de produtividade do CNPq, ela ressalta o papel da iniciativa na valorização da ciência e na formação de novos pesquisadores.
Conforme levantamento da CGPE, o Inpa conta hoje com 22 bolsistas de produtividade, sendo dez mulheres, o que corresponde a 45% deste quadro. O percentual vem crescendo ao longo da última década, refletindo avanços na representatividade feminina na ciência amazônica. “Vale destacar que o reconhecimento em nível nacional fortalece não apenas a aprovação de novos projetos, mas também a valorização da presença e atuação das mulheres no cenário científico brasileiro, tendo em vista que poucas mulheres na área da Zoologia alcançaram esse nível, especialmente na região Norte, onde a representatividade feminina entre bolsistas de pesquisa do CNPq ainda é bastante limitada”, afirmou Neusa Hamada.
O resultado evidencia o esforço dos pesquisadores e também o trabalho do Inpa pela excelência na pesquisa e na formação de novas gerações de pesquisadores, especialmente no contexto da Amazônia, onde os desafios socioambientais exigem conhecimento técnico, sensibilidade local e inovação científica constante.