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Inpa participa do maior Congresso Internacional de Educação Ambiental com foco em justiça climática
Banner: Carol Sackser- Ascom Inpa
De 21 a 25 de julho, Manaus será o centro das discussões sobre justiça climática, sustentabilidade e educação ao sediar o VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa (CIEA-PCLP). O evento reunirá mais de 1,6 mil participantes de dez países para compartilhar experiências e pesquisas, fortalecer redes de cooperação e articular políticas públicas e respostas conjuntas diante das crises ambientais, sociais e climáticas.
Com o tema “Educação ambiental e ação local: respostas à emergência climática, justiça ambiental, democracia e bem viver”, o congresso propõe uma abordagem integradora entre saberes tradicionais, conhecimento científico e políticas públicas.
Com significativa atuação da educação ambiental como política pública, o Congresso terá na conferência de abertura a Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva. Durante o evento será construída a Carta de Manaus, documento político-pedagógico que abordará os cinco eixos temáticos do congresso.
Inpa no VIII CIEA-PCLP
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) tem papel estratégico e fundamental nesta edição, principalmente no contexto da proximidade com a COP30, prevista para ocorrer em novembro deste ano em Belém do Pará. O diretor do Inpa, professor Henrique Pereira é um dos palestrantes do Painel Temático Compromissos Internacionais, Nacionais e Municipais com as Políticas Públicas de Educação Ambiental como resposta às Crises Ambiental e Climática.
O Inpa também estará presente com apresentações orais, minicursos e oficinas ministrados por diferentes servidores do instituto e ainda estande com a exposição das obras da editora do Inpa. O Bosque da Ciência, e as bases de pesquisa do Projeto Atto, LBA e ZF2 serão espaços de experiência amazônica na atividade “convivência e aprendizagem”.
Além disso, será lançado o livro Vozes do Uatumã – Soltura de peixes-bois da Amazônia como ferramenta para educação e conservação, proveniente das atividades de educação ambiental do projeto peixe-boi, uma parceria do Laboratório de Mamíferos Aquáticos do Inpa e a Associação Amigos do Peixe-boi.
Entre os destaques, está a participação do Laboratório de Psicologia e Educação Ambiental (Lapsea), que terá uma participação expressiva, oferecendo minicursos, oficinas e apresentações orais que refletem mais de 30 anos de atuação contínua na Amazônia. A equipe do laboratório levará ao público suas experiências e pesquisas, fortalecendo o diálogo entre ciência, educação e comunidade como pilares fundamentais da educação ambiental crítica e transformadora.
Segundo a pesquisadora do Inpa e coordenadora do Lapsea, Maria Inês Gasparetto Higuchi, ao sediar o congresso, Manaus se consolida como um centro de articulação e transformação no campo da Educação Ambiental. “Muitas experiências serão compartilhadas e servirão para evidenciar os êxitos e traçar novas formas de Educação Ambiental que sejam transformadoras e críticas por natureza. É uma oportunidade única de ampliar a discussão da dimensão humana nas questões ambientais e de fortalecer processos de intervenção voltados à justiça socioambiental.”
A pesquisadora também destaca a contribuição histórica do Inpa na área, desde sua atuação em políticas públicas, como membro permanente da Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental do Amazonas (CIEA-AM), até a formação continuada de educadores, produção científica, materiais didáticos e projetos inovadores com comunidades urbanas e rurais.
A coordenadora Geral de Planejamento, Administração e Gestão, Luiza Magalli Henriques, reforça que a presença ativa do Inpa busca não apenas compartilhar experiências locais, mas também inspirar práticas globais a partir da realidade amazônica.
“O grande diferencial desse congresso é que, além de toda a produção acadêmica e científica, ele prioriza o encontro entre as pessoas. São interações que acontecem por meio do diálogo com a região e com as comunidades, permitindo que, a partir dessa vivência, a sensibilização e a troca de saberes se tornem estratégias efetivas da educação ambiental.” argumenta.
O evento é organizado pela Rede Lusófona de Educação Ambiental (REDELUSO), em parceria com Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima (MMA), Ministério da Educação (MEC), Governo do Estado do Amazonas, Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar do Amazonas, Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas e Fundação Matias Machline. Além da colaboração de importantes instituições como Inpa, UEA, Ufam, ANPPEA, ASPEA, CEAPP, CPLP e FunBEA.
Sobre a REDELUSO
Criada em 2005, a Rede Lusófona de Educação Ambiental (REDELUSO) tem promovido o intercâmbio entre educadores ambientais de países de língua portuguesa. Desde sua criação, os congressos realizados pela rede vêm resultando em publicações científicas, projetos interinstitucionais, apoio a comunidades e influência em políticas públicas.
A edição de 2025 reforça a centralidade da Amazônia nas discussões globais e consolida a região como um espaço de escuta e co-criação de soluções, conectando agendas locais a desafios globais. As discussões e propostas elaboradas ao longo dos cinco dias de programação visam não apenas fortalecer a educação ambiental na Amazônia, mas também inspirar políticas públicas nos países da CPLP com base na cooperação, no diálogo intercultural e na justiça climática.
Programação completa
Site (https://www.ealusofono.org/programacao) ou documento (https://bit.ly/3Gzh3Hp)