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Inpa e CNPEM intensificam cooperação em pesquisas de ponta
Workshop marcou mais uma etapa de diálogos estratégicos entre o Inpa e o CNPEM, vinculado ao MCTI, com alinhamento de pesquisas, perspectivas de intercâmbio e fortalecimento da inovação e do uso de tecnologias de ponta na Amazônia. Foto: Lucciano Lima- Ascom Inpa.
A colaboração entre o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), reforça o desenvolvimento de pesquisas avançadas na Amazônia. A parceria combina décadas de expertise do Inpa em biodiversidade com tecnologias de ponta do CNPEM, promovendo inovação, intercâmbio científico e perspectivas de avanço em bioeconomia, biotecnologia e biologia sintética.
O diálogo estratégico entre as instituições envolve o alinhamento de pesquisas, integração de metodologias modernas baseadas em DNA e enzimas, e uso de plataformas de sequenciamento de última geração. A cooperação busca não apenas ampliar a produção científica de alto impacto, mas também fortalecer a capacidade de inovação na região amazônica, transformando conhecimento sobre biodiversidade em soluções biotecnológicas e sustentáveis.
“Um dos aspectos centrais da colaboração será a maneira como o Inpa desenvolve suas pesquisas, ao lado de um instituto de referência como o CNPEM. Em primeiro lugar, trata-se da oportunidade de trabalhar com pesquisa de ponta. O Inpa é amplamente reconhecido pelas pesquisas de descrição da biodiversidade e, nessa frente, podemos avançar ainda mais, mas agora com potencial biotecnológico, explorando enzimas, bioeconomia e biologia sintética”, destacou o coordenador-geral de Pesquisa, Capacitação e Extensão (CGPE/Inpa), pesquisador Jorge Porto.
O encontro também se configurou como uma etapa de alinhamento de interesses entre as instituições, além de um espaço interativo para a definição de estratégias futuras. Entre os temas discutidos estiveram aspectos de logística e protocolos de compartilhamento de amostras biológicas (biobancos), bem como o uso otimizado das plataformas de sequenciamento de nova geração do CNPEM, recursos essenciais para acelerar descobertas e impulsionar a inovação.
Para o diretor do Laboratório Nacional de Biorrenovável LNBR/CNPEM, Mario Murakami, a parceria com o Inpa possui um grande potencial para alavancar pesquisas mais complexas relacionadas às coleções e sequenciamento de materiais do instituto. “Eu acho que o grande potencial é a complementaridade e o sinergismo entre essas instituições irmãs do MCTI. O Inpa tem um legado histórico de mais de 70 anos com o estudo da biodiversidade e o CNPEM vem desenvolvendo tecnologias para permitir acessar informações que têm uma grande harmonização, não só de competências entre as instituições, mas com alinhamento temático de missão e abordagens complementares”, acrescentou.
Nesse contexto, Murakami também apresentou a perspectiva de “Bioeconomia e Sustentabilidade para o Futuro do Brasil”, enquanto a líder da área de Ômicas do LNBR/CNPEM, pesquisadora Gabriela Persinoti, compartilhou os resultados da cooperação com destaque para os estudos da prospecção de novas enzimas da microbiota intestinal do Peixe-Boi Amazônico e o potencial biotecnológico da microbiota da ave Cigana (Hoatzin), como objetos da parceria entre os pesquisadores do CNPEM e Inpa.
Intercâmbio científico
Entre os próximos passos em discussão, está prevista a realização de uma visita da comitiva de pesquisadores do Inpa à sede do CNPEM, em Campinas (SP), como parte de um intercâmbio científico. Essa iniciativa antecede a assinatura formal do Acordo de Cooperação Técnica, fortalecendo a parceria entre as instituições e abrindo caminho para novas estratégias de pesquisa, inovação e desenvolvimento científico.