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COP 30 - Inpa reforça contribuições científicas amazônicas para orientar ações climáticas
Foto: Lucciano Lima/ Ascom Inpa
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) marcou presença no painel “Contribuições da Comunidade Científica e Tecnológica da Amazônia para a Agenda de Ação do Brasil – Superando os Desafios de Mitigação e Adaptação Climática”, realizado no Museu das Amazônias (MAZ). O evento reuniu instituições científicas, pesquisadores, gestores públicos e representantes da sociedade civil para discutir diretrizes estratégicas que devem orientar a ação climática brasileira nos próximos anos.
Promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), conhecido como Conselhão, o Encontro apresentou os resultados do Mutirão Global coordenado pela Presidência da COP 30, que estruturou o documento orientador para a implementação das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) do Brasil entre 2025 e 2035, alinhadas com o Acordo de Paris. O Inpa contribuiu com análises científicas fundamentadas em décadas de pesquisa sobre ecossistemas amazônicos e os desafios de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Para o diretor do Inpa, Henrique Pereira, o painel reforça o papel estratégico da articulação entre ciência, academia, sociedade civil e setor produtivo. “As discussões reuniram diferentes vozes e mostraram a força do trabalho colaborativo. Este é o primeiro evento que apresenta resultados consolidados em debates envolvendo mesas-redondas com representantes da sociedade civil, da comunidade científica e de instituições amazônicas. A ciência produzida na região está ocupando seu espaço na COP”, destacou.
Na oportunidade, foi lançado o livro que reúne as propostas consolidadas nos dias 19 e 20 de agosto, durante o Encontro da Comunidade Científica e Tecnológica da Amazônia com a Presidência da COP 30, realizado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em Manaus (AM). A publicação traz contribuições de mais de 200 representantes de 76 instituições amazônicas e organizações da sociedade civil, resultado de um processo coletivo voltado a orientar políticas de transformação ecológica, inovação socioambiental e desenvolvimento sustentável na região (Baixe aqui o livro).
A secretária-adjunta do CDESS, Raimunda Monteiro, ressaltou que o material evidencia o acúmulo histórico da produção científica amazônica, fundamental para ações climáticas efetivas. “Instituições de pesquisa, universidades e centros técnicos que atuam há décadas na Amazônia acumulam conhecimento essencial para a implementação de soluções concretas. Muitas delas já existem em organizações como o Inpa, o Museu Goeldi, a Embrapa, o Instituto Evandro Chagas, a Fiocruz e nas universidades. E são bases científicas com aplicação imediata em setores produtivos, na sociobioeconomia e na gestão pública”, afirmou.
