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Biodiversidade amazônica desperta atenção do público em estande do Inpa na SBPC
Banner: Carol Sackser
A diversidade e beleza dos animais taxidermizados, conhecidos como “empalhados”, da biodiversidade amazônica despertam admiração e curiosidade dos visitantes do estande do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) na 77ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O maior evento científico da América Latina acontece durante toda a semana, até sábado (19), na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
Na Mostra de Ciência e Tecnologia da SBPC, a Expo T&C, o Inpa traz uma experiência sensorial e interativa com o público, com estudos e amostras da biodiversidade, tecnologias sociais e protegidas, apresentação dos cursos de pós-graduação e de mais de 130 títulos da Editora Inpa, além da presença do Bosquinho, o mascote do Bosque da Ciência.
Alguns animais são queridinhos do público. Arara-vermelha, araracanga (azul e amarela), preguiça-de-bentinho com filhote, acari-bodó, jacaré-tinga, gafanhoto, louva-deus e borboleta morfa se destacam. No total, o Inpa expõe quase 130 animais fixados e taxidermizados, aqueles que foram preparados e montados com características semelhantes às reais para fins de estudos, conservação e educação.
“Eu estou gostando muito de ver e segurar a arara. Eu nunca segurei algo assim antes. Ela é grande, colorida”, contou o estudante Guilherme Monteiro, de 10 anos, que estava acompanhado dos pais e dos dois irmãos menores. “Os meus dois filhos gostam muito da área científica, e desde pequenininhos eles demonstram esse interesse. Vivenciar esses animais traz boas experiências para eles e o sentimento de que a tecnologia é importante, mas também temos que cuidar e respeitar a natureza”, destacou a mãe, a engenheira civil Marcela Costa.
Conforme a técnica do Inpa do Programa de Coleções Científicas Biológicas (PCCB), a zoóloga e taxidermista Gisiane Lima, a maioria dos animais vertebrados da exposição foi preparada com taxidermia artística. Com a técnica, os animais se tornam mais resistentes e são trabalhados sem ou com pouquíssimo uso de material químico, como bórax e formol, agentes de conservação usados na taxidermia para fins científicos.
“A gente tem investido mais nesses materiais de taxidermia artística, pois são super necessários e importantes para a educação e divulgação científica. Aqui na SBPC está sendo um sucesso. Estou muito feliz porque a gente vê a reação das pessoas e essas reações são únicas. E quando perguntam se está vivo é uma alegria”, contou Gisiane Lima.
Os animais expostos fazem parte das coleções didáticas, parte delas integra o acervo das Coleções Zoólogicas do Inpa, que é dedicado principalmente às pesquisas, e outra parte é do acervo expositivo do Mundo dos Insetos, projeto de popularização da ciência. Com os exemplares é possível conhecer espécies, observar detalhes, compreender as relações com outros animais e plantas, além do visitante poder tocar e sentir pelos, texturas, tamanhos e pesos.
Conforme Lima, os animais das coleções didáticas são aqueles que na maioria das vezes não tem procedência, mas estão em boas condições. Eles vêm do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas/Ibama) ou são entregues pelas pessoas nas Coleções.
Os animais invertebrados estão presentes com outras apresentações, além das reais. O aplicativo InsetAR (Inseto Augmented Reality) traz insetos e cenas de interação em realidade aumentada, dentre eles uma formiga zumbi com processo de infecção pelo fungo e morte, acompanhado de insetos e ninho de formiga em moldes 3D. Para as crianças menores, há ainda insetos aquáticos em pelúcia.
É possível conhecer com o auxílio de maquetes e dos expositores, um pouco mais sobre as pesquisas realizadas pelo projeto do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia - INCT Biodossel-insetos das copas das árvores e do Programa Grande Escala da Biosfera Atmosfera (LBA).
Presença do Inpa na SBPC
O Inpa é referência mundial nos estudos da biodiversidade, dos ecossistemas e da mudança climática na Amazônia. Na SBPC está presente com estande, palestras, mesas-redondas, além de apresentações da pós-graduação e ações do Bosque da Ciência e a presença do Bosquinho, mascote do parque verde urbano dedicado ao lazer, educação e divulgação científica que recebe mais de 100 mil visitantes por ano.
“Trouxemos uma mostra dos 70 anos de produção de conhecimento na Amazônia, com um pouco de cada área e com uma diversidade incrível. Esse é o nosso compromisso: a geração e socialização de um conhecimento para a Amazônia e o seu desenvolvimento sustentável”, destacou o diretor do Inpa, o professor Henrique Pereira.
Palestras e mesas redondas
Serão realizadas quatro palestras e rodas de conversas no auditório da Expo T&C: o diretor do Inpa e coordenador do Centro-Franco Brasileiro, o professor Henrique Pereira, a coordenadora de Gestão da Inovação e Empreendedorismo, Deuzanira Santos, a coordenadora de tecnologia social, Marcela Amazonas, e a coordenadora do Mestrado profissionalizante de Proteção de Áreas Protegidas para a Amazônia (MPGAP), Ordilena Miranda. Outras três palestras e mesas-redondas fazem parte da programação científica da SBPC, com o diretor Henrique Pereira, a pesquisadora Flávia Costa e a coordenadora de ações estratégicas Regina Oliveira.
Lançamento de livros
A Editora Inpa realiza na próxima quinta-feira (17) apresentação e lançamento de cinco obras, às 15h (14h de Manaus), no estande do Inpa na SBPC. A atividade é aberta ao público e contará com a presença de autores representantes de cada publicação.
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Ariá - um alimento de memória afetiva, da Série Amazônia Chibata (Editora Inpa e Valer Editora), volume 1, em português, inglês e tradução para a língua Yê’-masã (Tukano). Ariá - Food of Affectionate Memories.
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Mycelia - Álbum de cogumelos para micoturismo, volume 5.
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As donzelinhas e os dragões do reino aquático.
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Lavrado de Roraima - Caracterização, Biodiversidade, Populações Humanas e Conservação na Maior Savana do Norte da Amazônia Brasileira.
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Nota Técnica Hidrelétricas na Amazônia: a falácia da “energia limpa”.





