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DIA DO SERVIDOR PÚBLICO
Dedicação e propósito: histórias que constroem o serviço público
Brasília (DF) – Entre as diversas rotinas, a dedicação, o respeito e o compromisso são as peças que interligam as trajetórias dos trabalhadores e trabalhadoras públicos que atuam nos Hospitais Hiversitários (HUs) da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Caminhadas marcadas por realizações, histórias inspiradoras e anos de dedicação, como as de Henderson de Almeida, Jakeline Gomes, Aldrey Mendes e Zaira Custódio. Exaltar a história dessas pessoas é também uma forma singela de estender homenagens aos demais trabalhadores e trabalhadoras que integram os 45 hospitais da Rede Ebserh.
Esses hospitais, integralmente incorporados ao Sistema Único de Saúde (SUS), oferecem serviços essenciais ao povo brasileiro, dinâmica que ocorre em múltiplas etapas, que encontram na atuação do servidor público a motivação essencial para seu o funcionamento.
Mudanças
Realidades que se materializam em relatos como os de Jakeline Gomes, 30 anos, analista administrativo no Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), em Pernambuco . “Ser empregada pública no HU-Univasf é uma grande honra e de uma inteira responsabilidade, porque eu sou fruto de uma universidade federal e coloco isso nas minhas ações, como um retorno que tenho que dar para a sociedade”, comenta.
Formada em Administração pela Univasf, ela conta que antes de entrar na graduação não tinha pretensões de atuar no serviço público, chave que foi virada após ser aprovada em seu primeiro concurso da Ebserh, em 2018. Ano passado, após realizar mais um concurso da Rede, Jakeline foi convocada para o cargo de analista administrativo. “O HU-Univasf eu considero a minha casa”, diz contente.
Construindo caminhos
A história de Jakeline demonstra as fases que perpassam a caminhada no serviço público, que abre portas rumo a realização de sonhos, assim como aconteceu com Henderson de Almeida, 45 anos, um dos responsáveis por dar forma e sentido à Unidade de Otorrinolaringologia, do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS), do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (CHU-UFPA).
Foi em 2006, enquanto aluno da primeira turma da Residência de Otorrinolaringologia do estado do Pará, que ele iniciou sua trajetória junto ao HUBFS. “Eu costumo dizer que respiro o Hospital Betina desde esse ano”, conta Henderson, que atualmente é chefe da Unidade.
Durante a residência, ele conta que vivenciou o desafio de, junto com preceptores, professores e colegas de profissão, iniciar o serviço no HUBFS. “Pude acompanhar o processo de crescimento da Unidade Otorrinolaringologia desde então. Trabalhar pelo SUS no hospital público é gratificante e sempre vai ser um desafio, (...) mas tudo depende de uma boa gestão, coordenação de equipes, conversar e se reinventar dentro do serviço público”, avalia.
Conquistas
No estado do Rio de Janeiro, a história de Aldrey Mendes, 49 anos, também é marcada por desafios e conquistas no Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap-UFF), onde ela atua como enfermeira na Unidade de Banco de Sangue, com vínculo Ebserh, e como auxiliar de Enfermagem enquanto Regime Jurídico Único (RJU).
O sonho de trabalhar no hospital, relembra, começou aos 20 anos, após concluir o curso de Enfermagem, a partir de uma simples passada na frente do prédio. Aldrey conta que, naquele dia, disse à sua mãe que lhe acompanhava: “Nossa, eu queria tanto trabalhar nesse hospital!”.
Dezoito anos depois, foi aprovada em seu primeiro concurso para o Huap, em 2012, para o cargo de auxiliar de Enfermagem. Em 2024, Aldrey realizou o concurso da Ebserh para o cargo de enfermeira. Capítulos que somam treze anos de história de Aldrey com o Huap.
“Tenho uma fé enorme e acredito que o que você pede agora, colhe lá na frente. E tudo isso foi em meio a muito esforço com duas filhas, dando conta de ser mãe, dona de casa e dos estudos”, celebra Aldrey. “Eu não me vejo em outro lugar ou fazendo outra coisa além da Enfermagem. Acredito que a gente faz planos, mas quando você coloca nas mãos de Deus, ele vai determinar o que vai ser melhor para você”.
Propósitos
Em Santa Catarina, Zaira Custódio afirma que atuar como psicóloga no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC) é a realização plena de um servir profissional, caminhada que é entrelaçada à história da maternidade do HU-UFSC.
Em 1994, durante o projeto de criação da maternidade, foi realizado um grande concurso público. A servidora foi aprovada e convocada para integrar a equipe responsável nova unidade, que seria inaugurada em outubro de 1995. Desde então, ela construiu uma trajetória de 30 anos dedicados à maternidade e 31 anos de atuação no HU.
“Quando eu fazia Psicologia na UFSC, eu já desejava trabalhar com o público, oferecer conhecimento, dedicação de trabalho, de tempo para o máximo de pessoas possíveis e de maneira igualitária. Então, escolher o serviço público para mim foi um propósito,”, explica Zaira.
Convicta da importância de sua trajetória e dos anos de dedicação ao HU-UFSC, Zaira revela que já pensa em se aposentar, decisão que ainda está amadurecendo e que dialoga com a certeza que também é importante fechar ciclos bonitos. “Eu sempre dizia pra mim mesma que eu queria me aposentar com a mesma capacidade de trabalho com que eu estava naquela época quando entrei, ou seja, motivada, acreditando nas boas práticas assistenciais [e de educação]”, conclui Zaira.
A data
O 28 de outubro foi escolhido como o Dia do Servidor Público em referência ao Decreto-Lei nº 1.713, de 28 de outubro de 1939, por meio do qual o presidente da época, Getúlio Vargas, regulamentou o funcionamento do serviço público no Brasil. Anos mais tarde, o então presidente, através do Decreto-Lei nº 5.936, oficializou a data como o “Dia do Servidor Público”, decisão reiterada, também, no artigo 236 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre a carreira, os direitos e os deveres dos servidores públicos da União.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Redação de Elizabeth Souza, com edição de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh