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CUIDADO HUMANIZADO
Um Feliz Natal no leito
Em meio à rotina de internação, quando o calendário avança e as festas chegam para quem não pode ir para casa, o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG-Unirio), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), levou o clima de Natal para dentro dos setores assistenciais. No dia 17 de dezembro, uma ação organizada pela Comissão de Humanização percorreu áreas do hospital com música, presença de Papai Noel e entrega de presentes e kits, alcançando pacientes, acompanhantes e profissionais.
Segundo Priscila Cassimiro, presidente da Comissão de Humanização do HUGG e coordenadora do Programa Florescer, a iniciativa mobilizou uma articulação multiprofissional, reunindo profissionais, estudantes e integrantes do projeto, com apoio de diferentes áreas do hospital. Para ela, o tom que se formou durante a visita aos setores foi o de uma emoção compartilhada, difícil de produzir por planejamento. “Foi uma ação muito bonita. As pessoas se emocionaram”, resumiu.
Essa emoção apareceu de formas distintas: no sorriso de quem acompanha uma internação longa, no refrão cantado de um quarto para outro e no olhar marejado de quem, por alguns minutos, conseguiu respirar fora do peso do tratamento.
A presidente da comissão explica que a entrega foi organizada para contemplar diferentes públicos e necessidades dentro do hospital, incluindo unidades de maior complexidade. “A gente tentou que cada paciente recebesse algo adequado à sua necessidade”, afirmou. Entre os itens distribuídos, houve kits de higiene para pacientes adultos e bebês, itens de enxoval para gestantes e um kit específico para pacientes do CTI adulto, com produtos como sabonete líquido e hidratante.
Na avaliação dela, a ação ganha ainda mais significado porque muitos pacientes seguem internados no período natalino, justamente quando o imaginário coletivo aponta para reunião familiar e celebração. “Muitos vão permanecer internados no Natal. É um momento emblemático”, destacou, lembrando que canções e pequenas lembranças ganham outro tamanho quando chegam ao leito.
Além dos pacientes e familiares, a equipe também levou um mimo aos trabalhadores que estavam de serviço naquele dia. Segundo Priscila, o gesto foi recebido com carinho, como sinal de lembrança e agradecimento a quem sustenta a assistência ao longo do ano. “Eles ficaram muito agradecidos”, contou.
E, para quem acompanha um bebê internado, o impacto é direto: não é “evento”, é respiro. Mãe da pequena Ana Sofia, de dois meses, Bruna Deplan avalia que o clima criado pela ação muda o dia de quem vive a internação por dentro. “Esse tipo de ação traz um conforto. É muito bom ver o cuidado das pessoas com a gente”, afirmou. Ela também destacou a percepção de qualidade do atendimento em uma instituição pública. “Aqui é referência. O atendimento é ótimo”, disse.
A estudante de Medicina e bolsista do Programa Florescer Camilly Boareto relata que, após a música e a entrega do presente, uma acompanhante se emocionou e pediu uma foto do momento. “Ela disse que o que fazemos é muito importante e me deu um abraço”, contou. Para Camilly, reações como essa traduzem o sentido do trabalho: “É sobre tocar as pessoas quando elas mais precisam.” Segundo ela, a emoção se repetiu em outros encontros ao longo do percurso, inclusive entre os próprios integrantes da ação.
Na Pediatria, Camilly também observou a resposta das crianças à presença do Papai Noel e à música. Uma paciente, animada, reagiu quando o cortejo se despediu: “‘Poxa, acabou? Estava tão legal’”, recordou. Para ela, levar a data para dentro do hospital tem um valor simbólico que não se limita ao presente: “Para as crianças, é uma data cheia de significado.”
A ação passou por diferentes áreas do hospital, incluindo ambulatório e enfermarias, buscando alcançar pacientes e equipes em seus próprios espaços — onde a internação, de fato, acontece.
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário Gaffrée e Guinle faz parte da Rede Ebserh desde 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Estatal foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como instituições vinculadas a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Felipe Monteiro
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh