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Hospital Glória D’or, por meio do GSH, banco de sangue da Rede D’or, faz doação de material capaz de auxiliar na realização de procedimento de usuária do HUGG.
A relevância do profissional de saúde, num contexto hospitalar, vai muito além do necessário procedimento técnico. Começa pelas relações interpessoais desde a base, ainda na discência. Afinal, daqueles anos de formação sairão futuros colegas de profissão. E um exemplo disso pôde ser visto no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG-Unirio/Ebserh), no mês de junho de 2022. Gestores da Gerência de Atenção à Saúde se mobilizaram, durante o feriado de Corpus Cristhi, para conseguir ajudar a salvar uma usuária do HUGG e encontraram na figura do Diretor Médico do Hospital Gloria D`Or, Dr Marcelo London, ex-aluno da Escola de Medicina e Cirurgia (EMC) da Unirio, um suporte essencial através do GSH, banco de sangue que atende a Rede D`Or, mais especificamente.
“Leila” (nome fictício da usuária), 22 anos, tem diagnosticada neuromielite óptica (NMO), doença inflamatória rara, autoimune do sistema nervoso central e que atinge, principalmente, os nervos ópticos e a medula espinhal. Seu quadro, porém, agravou-se gerando amaurose, que consiste em perda temporária ou permanente da visão.
Casos assim podem ser tratados por meio de pulsoterapia, que significa a administração de altas doses de medicamentos por curto período de tempo. Entretanto, a paciente foi refratária ao tratamento, grau extremo de resistência, ocasionado, geralmente, por características anatômicas ou fisiológicas da própria pessoa. Como alternativa, o procedimento indicado passou a ser a plasmaférese, tratamento semelhante à hemodiálise, em que o sangue da pessoa é retirado e o plasma é separado, filtrado e devolvido ao organismo.
Entrou-se em contato, então, com o Hemorio que se prontificou a realizar o procedimento, porém necessitando que o material fosse fornecido pelo HUGG.
A especificidade do tratamento e do equipamento exigido, porém, impedia a realização do procedimento no HUGG, já que se trata de um hospital público e, por isso, necessita passar por uma série de trâmites legais de compras para adquirir de material, o que pela urgência da usuária não poderia ocorrer. A equipe responsável, então, tentou encontrar vaga em outros hospitais, por meio do Núcleo Interno de Regulação, não obtendo sucesso.
E, continuando diante da dificuldade na obtenção do insumo e do quadro delicado de “Leila”, a chefe da Divisão de Gestão do Cuidado e Apoio Diagnóstico e Terapêutico, Prof. Dra. Maria Marta Tortori, recorreu ao seu grupo de turma da EMC (1988) e recebeu a resposta positiva do Dr Marcelo London, diretor médico do Hospital Glória Dor, que intermediou a doação feita pelo GSH, banco de sangue da Rede D’or. Desta maneira, a paciente pôde realizar o tratamento necessário e teve o agravamento de seu quadro interrompido. Os Profs. Drs. Pedro Portari e Daniel Aragão, gerentes de Atenção à Saúde e de Ensino e Pesquisa, respectivamente, receberam o material durante feriado de Corpus Christi (foto), que posteriormente foi entregue ao Prof. Dr. Max Fakoury, responsável pela paciente.
Uma prova de que finais felizes são possíveis, principalmente, quando envolvem peritos competentes, parceiros e que entendem a seriedade do juramento que fizeram. Uma constatação, também, de que os ensinamentos e aprendizados realizados ao longo da história do HUGG e da EMC deixam legados que se perpetuam e se cruzam, formando, assim, profissionais capazes de encontrar soluções onde a maioria só vê obstáculos.