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No Dia Mundial da Fibrose Cística, HC-UFU/Ebserh celebra a conquista de novo equipamento para diagnóstico precoce da doença
Imagem: Leidiane Campos
O Dia Mundial de Conscientização sobre a Fibrose Cística, celebrado no dia 8 de setembro, é uma data marcada pela luta contra a desinformação e pela importância do diagnóstico precoce. Essa doença genética recessiva afeta principalmente os pulmões e o pâncreas, compromete funções vitais e causa complicações respiratórias e digestivas.
Embora não haja cura, a detecção precoce e o acompanhamento adequado podem melhorar consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes e, a partir deste mês, o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), conta com um novo equipamento, o Cloridrômetro, que beneficiará pacientes de diferentes idades de Uberlândia e mais 26 cidades do Triângulo Norte.
Atendimento no HC-UFU
No Brasil, estima-se que a fibrose cística afete um a cada dez mil bebês nascidos vivos, com a maioria dos casos sendo diagnosticada durante a infância. No entanto, a doença pode ser detectada em qualquer faixa etária, e quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores são as chances de um tratamento bem-sucedido.
O HC-UFU oferece atendimento especializado e integrado para os pacientes com fibrose cística, com uma equipe multidisciplinar composta por pneumologistas pediátricos, gastroenterologistas e nutricionistas, que acompanham os pacientes em todas as fases da doença. Atualmente, 55 pacientes de zero a dez anos são assistidos pelas equipes, às sextas-feiras, no ambulatório da instituição.
A pneumologista pediátrica do HC-UFU, Grazielle Vitorino Moreira, explica que, além de todos os exames e acompanhamento individualizado, para garantir a segurança durante as consultas e evitar a contaminação cruzada, os pacientes são divididos de acordo com sua colonização bacteriana e encaminhados para salas específicas.
Para que os pacientes sejam assistidos de forma ainda mais qualificada, o HC-UFU conta agora com o Cloridrômetro, um novo aparelho que realiza a dosagem do cloro no suor, de forma não invasiva. Além dos testes genéticos, essa medição é um dos índices para confirmar a presença da doença.
“O diagnóstico deve ser feito o mais rápido possível pois é fundamental para o tratamento adequado, evitando que a doença progrida de maneira rápida”, alerta Grazielle. A profissional também alerta para os sintomas mais comuns da doença: tosse crônica, perda de peso, diarreia, infecções respiratórias recorrentes e sinusites.
Revolução no tratamento e qualidade de vida
Os avanços no tratamento da fibrose cística têm sido significativos. A distribuição de medicamentos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) tem proporcionado uma melhora considerável na qualidade de vida dos pacientes. Esse e outros avanços permitem que muitos pacientes consigam viver de forma mais equilibrada, com uma redução nos sintomas e no impacto da doença nos órgãos afetados.
“Os novos tratamentos têm sido uma verdadeira revolução. Eles não só ajudam a controlar os sintomas, mas também proporcionam uma mudança significativa na vida dos pacientes, colaborando para que eles possam levar uma vida saudável”, explica a médica.
A fibrose cística é uma doença desafiadora, mas com a conscientização, o diagnóstico precoce, tratamentos adequados e o apoio de uma equipe multidisciplinar especializada, é possível melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes e oferecer a eles novas perspectivas de bem-estar.
Rede Ebserh
O HC-UFU faz parte da Rede Ebserh desde maio de 2018. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Redação: Maria Carolina Frigo Maschio