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LAVAGEM DAS MÃOS
Dia Mundial da Lavagem das Mãos: ação simples pode prevenir contaminações e salvar vidas
Foto: Freepik
O Dia da Lavagem das Mãos, celebrado em 15 de outubro, é uma data que marca a conscientização sobre a prática que previne infecções e contaminações em diversos ambientes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), higienizar as mãos é uma ação simples que impacta a saúde pública e pode salvar vidas todos os anos.
Especialistas do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), alertam sobre a importância da lavagem das mãos para evitar desde contaminações por gripes e intoxicações alimentares até infecções graves ou disseminação de bactérias em ambientes de atenção à saúde.
A importância de higienizar as mãos
Durante a pandemia de Covid-19, o tema da lavagem correta das mãos com água e sabão e uso de álcool em gel 70% ganhou espaço entre as orientações, mas o cuidado deve permanecer para evitar essa e outras doenças. A enfermeira Jéssica de Almeida Santos, do Serviço de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (SCIRAS) do HC-UFU, explica que essas campanhas são importantes para lembrar que esse gesto, apesar de simples e barato, é muito importante para prevenir infecções.
"Campanhas como essa são momentos em que as instituições de saúde realizam ações para relembrar os profissionais e a população sobre esse gesto, que é considerado a ferramenta mais poderosa para prevenção de doenças, e sobre a necessidade de manter as mãos sempre livres de germes,” conta.
As mãos são muito usadas nas atividades cotidianas, e perceber que elas são protagonistas na transmissão de infecções colabora na conscientização. “Se houver germes nas mãos, ao tocar um telefone, uma bancada, outra pessoa ou o rosto, transportamos esses microrganismos de um lugar para outro, facilitando sua entrada no corpo”, relembra.
É necessário reforçar que não basta lavar ou higienizar de qualquer forma. É necessário seguir o passo a passo padronizado pela OMS e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que foi desenvolvido para garantir que nenhuma área das mãos seja esquecida durante o processo, como o dorso das mãos. Se alguma parte permanecer contaminada, o germe pode se proliferar e contaminar novamente as áreas já limpas.
Higienização das mãos no ambiente hospitalar: prevenção de superbactérias
Nos hospitais, a higiene das mãos é ainda mais importante, devido ao uso frequente de antibióticos por diversos pacientes. Esse cenário cria um ambiente favorável à formação e disseminação das chamadas "superbactérias", que são resistentes a vários tipos de antibióticos. "Nos lugares de atenção à saúde, há maior risco de formação e disseminação de bactérias resistentes, as chamadas ‘superbactérias’, que raramente são encontradas em casa ou na comunidade. Por isso, o hospital é um dos locais em que mais precisamos redobrar a atenção”, explica a profissional.
Outro fator que contribui para o maior risco de infecções pela falta de higiene nas mãos é que muitos pacientes hospitalizados estão com a imunidade baixa e utilizam dispositivos invasivos, como cateteres, sondas, ou possuem feridas cirúrgicas. Isso aumenta o risco de infecção, pois esses dispositivos funcionam como uma “porta de entrada” para os microrganismos.
Ações no HC-UFU
No HC-UFU, a promoção da higienização das mãos ocorre durante todo o ano. Entre os dias 07 e 27 de fevereiro, por exemplo, os integrantes do Time de Higienização das Mãos promoveram o “Bloquinho de Higienização das Mãos” nas UTIs Adulto, Pediátrica e Neonatal, realizando abordagens lúdicas para reforçar a importância de higienizar as mãos nos cinco momentos recomendados pela OMS.
Além disso, ciclos de conversas com acompanhantes da clínica médica e ações no Pronto-Socorro e enfermarias sobre conscientização do uso correto de luvas e higienização das mãos estão sendo realizadas durante todo o ano, com o intuito de manter a conscientização sobre a importância da higiene das mãos e garantir a segurança de pacientes e profissionais.
Rede Ebserh
O HC-UFU faz parte da Rede Ebserh desde maio de 2018. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Maria Carolina Frigo Maschio