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SESSÃO PÚBLICA
Comissão vai formular propostas para resolver crise na assistência obstétrica e neonatal na Bahia
Publicado em
02/02/2016 19h24
Atualizado em
11/02/2019 16h16
A Maternidade Climério de Oliveira (MCO), hospital escola vinculado à Universidade Federal da Bahia (UFBA), foi um dos focos da sessão pública realizada nesta segunda-feira, 1º de fevereiro, para discutir as soluções imediatas para a atual situação da assistência obstétrica e neonatal no Estado da Bahia.
O evento promovido pela UFBA aconteceu na Reitoria da instituição, no Canela, e resultou na criação de uma comissão que vai acompanhar e formular propostas para minimizar a crise na obstetrícia. A sugestão foi dada pela superintendente da MCO, Mônica Neri, que também é presidente da Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino (Abrahue).
Em sua fala, Neri destacou a dura realidade que a Maternidade vem enfrentando, o que pode comprometer a qualidade do ensino e pesquisa na instituição: “Adotamos o ‘vaga sempre’ da Rede Cegonha mas, devido a superlotação, como vou explicar para gestante que entra na unidade em trabalho de parto que não temos leito? Que não temos segurança para oferecer à mãe e ao bebê? Sei das dificuldades administrativas da rede, mas precisamos sair daqui com propostas efetivas para resolver o problema. Precisamos investir no funcionamento pleno das maternidades que já existem e qualificar a formação dos futuros profissionais”, declarou.
Durante o encontro, outros participantes destacaram ainda o fechamento de leitos, a falta de profissionais e a concentração dos atendimentos na capital como fatores que contribuem para a crise na rede.
A comissão de acompanhamento permanente da situação vai dar continuidade ao trabalho formulando propostas que solucionem os problemas com metas e prazos a serem cumpridos.
Um novo encontro será realizado no dia 15 de fevereiro, às 14h, no Ministério Público Estadual e deverá contar com representantes do MPE, MPF, UFBA, Sindmed, Coren, Cremeb, Conselhos Municipal e Estadual de Saúde, diretores da rede e demais instâncias interessadas e ligadas ao tema.
O debate foi conduzido pelo vice-reitor da UFBA, Paulo César Miguez, e contou também com a presença do Secretário Municipal da Saúde, José Antônio Rodrigues Alves, de Manoel Henrique Pereira, da Secretaria de Saúde do Estado, do promotor de justiça do Ministério Público do Estado da Bahia, Rogério Queiroz, do presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia da Bahia (Sogiba), Carlos Lino, de Tatiana Aguiar, do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), da presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren), Maria Luiza Almeida, da presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Dolores Fernandez, do procurador do Ministério Público Federal, Fábio Conrado Loula e do presidente do Conselho Municipal de Saúde, Marcos Sampaio.
Por Lidiane Borges
Jornalista - DRT-BA 3375
Jornalista - DRT-BA 3375