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Estudo realizado no HUPAA evidencia importância da informação para evitar desmame precoce
Maceió (AL) - Uma pesquisa desenvolvida no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, da Universidade Federal de Alagoas (HUPAA-Ufal), concluiu que ações educativas, escuta qualificada e apoio contínuo às puérperas contribuem para estimular e ampliar o tempo da amamentação. O estudo foi realizado com dados da assistência materno-infantil do hospital, reforçando a integração entre pesquisa e assistência. O HUPAA-Ufal é administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
A pesquisa teve início durante o voluntariado da estudante Esther Cândido na primeira edição do Programa de Iniciação Tecnológica (PIT/Ebserh) do HUPAA, com o estudo intitulado “Associação entre conhecimento, atitudes e práticas de puérperas sobre aleitamento materno: um estudo transversal”. “Com conhecimento, as mães aprendem sobre os cuidados com as mamas e têm mais chances de evitar práticas prejudiciais originadas de mitos, como a de que o leite materno é fraco. Assim, elas evitam oferecer fórmula infantil, leite de vaca, chá ou água antes dos seis meses. Além disso, também evitam o uso de chupeta, já que tudo isso favorece o desmame precoce”, explicou Esther.
Ana Kamila dos Santos, 31 anos, relatou que as informações sobre aleitamento, que recebeu no HUPAA, foram fundamentais para seu processo de amamentação. “Após 10 anos, tive minha segunda filha e a experiência foi bem diferente. Na primeira vez, eu não tinha o conhecimento que tenho agora, graças as orientações e dicas que recebi. Espero que continuem com esse trabalho incrível para ajudar outras mães, pois agora sei da importância do leite materno e pretendo amamentar minha filha até os dois anos”, declarou.
Segundo Monica Assunção, chefe do Setor de Gestão do Ensino do HUPAA e orientadora do trabalho de conclusão de curso da graduanda, essas práticas são essenciais para que o HUPAA conquiste o selo de Hospital Amigo da Criança (IHAC). “A instituição vem desenvolvendo um trabalho com todo o corpo de profissionais do hospital, tanto na parte assistencial, quanto na administrativa, para investir em ações de apoio, promoção e proteção da amamentação. Então o hospital vem se capacitando há algum tempo para ser credenciado e receber esse selo”, explicou Monica Assunção.
Pesquisa e Assistência
O trabalho é mais um avanço na integração entre ensino, pesquisa e assistência e reforça o compromisso institucional do HUPAA-Ufal em incentivar investigações acadêmicas que contribuam diretamente para a qualificação do cuidado.
O coordenador do Programa de Iniciação Tecnológica do Hupaa e chefe da Unidade e-Saúde do HUPAA, Guimer Brito, explicou que o programa tem a função de usar as descobertas para transformá-las em soluções práticas. “Essa intersecção é onde a pesquisa vira ação. Ela garante que o conhecimento gerado na academia chegue aos profissionais assistenciais, melhorando de verdade o cuidado e os resultados. É a ponte entre saber o que fazer e descobrir como fazer”, avaliou.
Myrtis Assunção, docente da Faculdade de Nutrição e Coordenadora da Pesquisa, acrescentou que os resultados da pesquisa revelam a importância do apoio contínuo da equipe assistencial e que esse cuidado pode ocorrer tanto de forma presencial quanto por meio digital, como Instagram e WhatsApp. “Essas modalidades de apoio não se excluem, se complementam. As interações digitais reforçam e ampliam o trabalho realizado presencialmente nas maternidades e em outros serviços de atenção à saúde, garantindo que as mães tenham acesso contínuo a informações qualificadas”, avaliou.
Sobre a Ebserh
O HUPAA-Ufal faz parte da Rede Ebserh desde 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Suzana Gonçalves
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh