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DEZEMBRO LARANJA
HULW-UFPB promove mutirão de procedimentos dermatológicos para diagnóstico precoce do câncer de pele
João Pessoa (PB) – O câncer de pele é o tipo mais comum entre os brasileiros, representando cerca de 30% dos tumores malignos registrados no país. Visando ampliar o acesso dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) à prevenção e ao diagnóstico precoce da doença, o Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraíba (HULW-UFPB), gerido pela Ebserh, vai realizar no próximo dia 13 de dezembro (sábado) mais um mutirão que integra o projeto “Ebserh em Ação”.
A ação vai ofertar consultas, biópsias e procedimentos cirúrgicos em alusão ao “Dezembro Laranja”, campanha de conscientização do câncer de pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) que objetiva chamar a atenção para a importância do autocuidado e da realização do check-up anual com o dermatologista. No HULW, a expectativa é atender tanto pacientes por demanda espontânea (com a entrega de 100 fichas no turno da manhã) quanto usuários previamente agendados pela Central de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa.
“Pela manhã, serão realizados atendimentos clínicos com foco exclusivo na prevenção e diagnóstico precoce do câncer de pele, sob a coordenação do professor dr Otávio Lopes. Nesse período haverá ainda, na Cosmiatria/Sala de Cirurgia do Serviço de Dermatologia, cinco cirurgias de câncer de pele e cinco biópsias em pacientes previamente agendados”, explica a dermatologista Esther Palitot.
À tarde, também no Ambulatório de Dermatologia, serão disponibilizados atendimentos clínicos para 20 pacientes com marcação prévia pela Regulação. O mutirão tem o objetivo de viabilizar o acesso mais rápido de pacientes do SUS a consultas, exames e cirurgias, reduzindo assim o tempo na fila de espera. A ação no HULW-UFPB é fruto da parceria entre a Unidade de Clínica Médica e o Serviço de Dermatologia, e conta com o SBD.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil deve registrar, este ano, cerca de 220 mil novos casos de câncer de pele. Segundo Esther Palitot, os sinais que podem indicar a doença são feridas de pele que não cicatrizam ou o surgimento de pintas ou sinais em tons acastanhados ou escurecidos, que mudam de cor, de formato ou de tamanho.
Dia do Atendimento Gratuito
Além de promover acesso ao diagnóstico e ao cuidado à população, a ação no Lauro Wanderley faz parte do tradicional Dia do Atendimento Gratuito, que este ano acontece em mais de 100 postos em todo o país no próximo dia 13, das 9 horas às 15 horas. Mais de 2 mil médicos dermatologistas voluntários vão colaborar com a ação. Segundo a SBD, iniciada em 1999, a iniciativa soma mais de 600 mil consultas com a identificação de mais de 75 mil casos de cânceres cutâneos.
“Todos os anos, o HULW é um dos postos de atendimento. Esta é 11ª edição da Campanha. Em 2025, a ação será realizada no turno da manhã (8h às 12h) em conjunto com o Dia E da Ebserh. Participarão dermatologistas do HULW/Ebserh e voluntários, residentes de Dermatologia e alunos da graduação da área de saúde, além da equipe da enfermagem e técnicos do hospital”, informa Esther Palitot.
Prevenção
A prevenção ao câncer de pele deve ser iniciada desde a infância, evitando-se a exposição direta ao sol entre 10h e 16h. Os efeitos dos raios UV na pele são cumulativos ao longo da vida. Cada exposição às radiações solares contribui para danos celulares que podem culminar no desenvolvimento do câncer de pele. Por isso, a prevenção também precisa integrar como rotina o uso diário de protetor solar (com FPS 30 ou mais), ter preferência por ambientes com sombra, além de óculos escuros com proteção UV.
Alguns sinais merecem atenção e indicam a necessidade de avaliação com um médico dermatologista, dentre eles, feridas que não cicatrizam, que sangram facilmente, e pintas que apresentam mudanças de cor, tamanho ou formato. Para facilitar a identificação de lesões potencialmente suspeitas, o dermatologista utiliza a regra do ABCDE (Assimetria, Borda, Cor, Diâmetro, Evolução), um método simples e amplamente difundido para avaliar sinais na pele que servem de alerta.
Fatores de risco
Os principais riscos para o câncer de pele não melanoma são: pessoas de pele clara, olhos claros, albinos ou sensíveis à ação dos raios solares; pessoas com história pessoal ou familiar deste câncer; com doenças cutâneas prévias; que trabalham sob exposição direta ao sol; exposição prolongada e repetida ao sol; e exposição a câmeras de bronzeamento artificial.
A população acima de 40 anos, com história de exposição solar contínua ou intermitente, com queimaduras, com muitos danos à pele, causados pela exposição excessiva à radiação UV e pele, cabelos e olhos claros, corre maior risco de ter câncer de pele. As visitas ao dermatologista devem ocorrer a cada seis meses, porém, caso surjam lesões ou feridas persistentes, essa ida ao dermatologista tem que ser imediata.
Tratamento
A escolha do tratamento depende do tipo de câncer de pele, sua profundidade, localização e características do paciente. Dentre as técnicas utilizadas, está a cirurgia micrográfica de Mohs, padrão ouro para tumores complexos ou localizados em áreas de maior impacto estético e funcional, como face, nariz e olhos.
Outras técnicas são: excisão cirúrgica convencional (remoção), para a maioria dos carcinomas basocelulares e espinocelulares primários; terapias tópicas indicadas para lesões superficiais e pré-cancerosas, como queratoses actínicas; crioterapia e fototerapia (terapia fotodinâmica): opções menos invasivas, eficazes em estágios iniciais; imunoterapia e terapias-alvo, para o melanoma metastático e tumores agressivos.
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB) faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Jacqueline Santos
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh