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Novembro Roxo
Semana da Prematuridade 2025 é destaque no HUAB
Santa Cruz (RN) - No Brasil, cerca de 12% dos nascimentos ocorrem antes das 37 semanas de gestação, o que equivale a aproximadamente 300 a 340 mil bebês prematuros por ano, segundo o Ministério da Saúde. Para marcar o Novembro Roxo, mês de conscientização sobre a prematuridade, o Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB-UFRN), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), realizou a Semana da Prematuridade 2025, na última semana.
A semana contou com palestras, workshops, webinars, cursos, práticas integrativas e rodas de conversa. As atividades foram direcionadas a profissionais de saúde, residentes, gestantes, puérperas e ao público externo. Entre os temas em destaque estiveram luto neonatal, segurança no cuidado neonatal, estabilização térmica e ventilatória, e ressuscitação cardiopulmonar neonatal.
Como parte da programação, a segunda-feira (17) foi marcada pelo 3º Encontro Científico da Prematuridade, realizado no auditório da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA). O evento promoveu palestras que discutiram a jornada do prematuro e a importância da nutrição e aleitamento materno.
Além disso, mesas redondas abordaram temas técnicos e sensíveis, como a prevenção de lesões por pressão na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e os desafios e avanços no acolhimento às famílias no contexto da prematuridade.
De acordo com a Gerente de Atenção à Saúde do HUAB, Flávia Soares, o novembro roxo foi um momento de relembrar a importância de conscientizar as pessoas sobre o cuidado que deve ser dedicar ao bebê prematuro. “Existe toda uma comunidade acadêmica e de profissionais que trabalham dia a dia para entregar de volta as famílias esses bebês saudáveis para que eles possam trilhar um futuro de excelência. Essa é a nossa missão, nosso propósito e nossa maior alegria”, enfatizou.
Desafio de saúde pública
Um bebê é considerado prematuro quando nasce antes de completar 37 semanas de gestação. Conforme a idade gestacional, são classificados como extremamente prematuros (menos de 28 semanas), muito prematuros (entre 28 e 31 semanas) e moderados (entre 32 e 36 semanas). Quanto menor a idade gestacional, maior é a complexidade do cuidado.
Entre os principais fatores associados ao parto antes do tempo, estão as infecções maternas, hipertensão na gestação, diabetes gestacional, gemelaridade (gravidez de gêmeos ou múltiplos), malformações fetais e alterações uterinas.
A UTI Neonatal do HUAB dispõe de 5 leitos de terapia intensiva, 5 de cuidados intermediários e 5 leitos de cuidados intermediários tipo canguru. O cuidado é multiprofissional, envolvendo neonatologistas, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais e farmacêuticos clínicos.
Uma campanha global pela esperança
O Dia Mundial da Prematuridade, celebrado em 17 de novembro, é uma das maiores campanhas globais de saúde pública, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por entidades de diversos países. Em 2025, o tema “Garanta aos prematuros começos saudáveis para futuros brilhantes” reforça a importância de oferecer aos prematuros um início de vida com cuidado especializado, humanizado e contínuo, desde os primeiros momentos após o nascimento, passando pela internação na UTI neonatal, até o seguimento nos primeiros anos de vida.
A cor roxa, símbolo da campanha, representa a sensibilidade e individualidade características dos bebês prematuros. O roxo também simboliza transformação e renovação, justamente pelo caminho que essas crianças percorrem ao nascer antes do tempo, marcado pela superação e pelo crescimento desses “pequenos guerreiros”.
Sobre a Rede Ebserh
O Huab-UFRN faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Elenita Araujo e Paulina Oliveira
Coordenadoria de Comunicação Social/ Ebserh