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Medo da Zika pode ter provocado adiamento de gestações no Brasil em 2016
Essa é uma hipótese levantada por pesquisadores da UFPE, UFMG e Universidade do Texas
Publicado em
21/06/2017 16h28
Atualizado em
21/06/2017 16h30
Preocupação com a possibilidade de infecção pelo Zika Vírus pode ter provocado adiamento de gestações e diminuição no número de grávidas no Brasil em 2016. Essa é uma hipótese levantada por pesquisadores do país, como a professora Sandra Valongueiro, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da UFPE, localizado no Hospital das Clínicas.
Estudo publicado recentemente na revista científica Population Development Review revela que tanto as mulheres de maior renda como as de baixa renda estavam preocupadas com a Zika e pretendiam adiar a gravidez. Essas entrevistas foram feitas por meio de grupos focais realizados no Recife e em Belo Horizonte, e os dados analisados pelas professoras do Centro de Estudos de População da Universidade do Texas (EUA), Letícia Marteleto, da Universidade Federal de Minas Gerias, e Sandra Valongueiro, da UFPE.
Embora os números de registros de nascidos vivos ainda não tenham sido concluídos oficialmente pelas secretarias estaduais de saúde, Pernambuco teve cerca de 15 mil nascimentos a menos entre agosto e dezembro de 2016 em comparação com o mesmo período em anos anteriores. Agosto de 2016 marca 10 meses da explosão dos casos de microcefalia provocada pela Síndrome Congênita do Zika Vírus, especialmente em Pernambuco.
“No momento, estamos monitorando os dados. É uma hipótese essa preocupação com a Zika ter provocado a diminuição de nascimentos, mas há outros fatores como as crises econômica e política que podem ter freado o desejo de ter filhos agora”, diz Sandra Valongueiro. Ainda existe a possibilidade de os dados municipais estarem incompletos por causa das mudanças político-administrativas pós-eleições de 2016.
Estudo publicado recentemente na revista científica Population Development Review revela que tanto as mulheres de maior renda como as de baixa renda estavam preocupadas com a Zika e pretendiam adiar a gravidez. Essas entrevistas foram feitas por meio de grupos focais realizados no Recife e em Belo Horizonte, e os dados analisados pelas professoras do Centro de Estudos de População da Universidade do Texas (EUA), Letícia Marteleto, da Universidade Federal de Minas Gerias, e Sandra Valongueiro, da UFPE.
Embora os números de registros de nascidos vivos ainda não tenham sido concluídos oficialmente pelas secretarias estaduais de saúde, Pernambuco teve cerca de 15 mil nascimentos a menos entre agosto e dezembro de 2016 em comparação com o mesmo período em anos anteriores. Agosto de 2016 marca 10 meses da explosão dos casos de microcefalia provocada pela Síndrome Congênita do Zika Vírus, especialmente em Pernambuco.
“No momento, estamos monitorando os dados. É uma hipótese essa preocupação com a Zika ter provocado a diminuição de nascimentos, mas há outros fatores como as crises econômica e política que podem ter freado o desejo de ter filhos agora”, diz Sandra Valongueiro. Ainda existe a possibilidade de os dados municipais estarem incompletos por causa das mudanças político-administrativas pós-eleições de 2016.