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SAÚDE RENAL
Hospital Universitário Walter Cantídio realiza ações para marcar o Dia Mundial do Rim
Fortaleza (CE) - No Brasil, cerca de 50 mil pessoas com doença renal morrem, por ano, antes de ter acesso à diálise ou ao transplante, segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Nefrologia. Visando fazer um alerta sobre o cuidado com a saúde dos rins, o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC-UFC/Ebserh), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), promoveu uma programação alusiva ao Dia Mundial do Rim: terceira quinta-feira do mês de março e que, este ano, acontece no dia 13.
O objetivo é ampliar o conhecimento sobre o assunto com a divulgação sobre medidas de prevenção, formas de acesso ao diagnóstico e opções de tratamento para a doença. As atividades aconteceram na quinta-feira (13) no Hall do HUWC pela manhã e teve como público os trabalhadores e acompanhantes de pacientes do Complexo Hospitalar da UFC.
Na programação, serão realizadas aferição da pressão arterial, teste de glicemia, dosagem de creatina em tempo real e distribuição de material educativo. O evento conta com parceiros da Sociedade Brasileira de Nefrologia, com colaboradores do serviço de Nutrição do Complexo Hospitalar da UFC e integrantes da Liga Acadêmica de Enfermagem em Nefrologia da UFC.
A doença renal pode ser prevenida e, quando diagnosticada precocemente, controlada. Os exames indicados para identificar doenças renais são dosagem de creatinina no sangue e exame de urina. Segundo especialistas, os sintomas dependem das causas da doença renal e podem variar desde uma simples dor lombar, fadiga e fraqueza, perda de apetite, náusea e vômitos, até edemas e alterações na frequência e na cor da urina.
Há dois tipos de pacientes renais: o agudo, quando há um declínio agudo na função renal, que causa um aumento na creatinina sérica e/ou uma queda no débito urinário; e o crônico (quando há perda progressiva e irreversível da função dos rins).
De acordo com o médico nefrologista do HUWC, Rafael Siqueira Athayde Lima, “a doença renal crônica se manifesta silenciosamente. Muitas vezes a pessoa pode não sentir nada. Mas é preciso estar atento. Se tem pressão alta, diabetes ou utiliza medicação de uso contínuo, é fundamental fazer o exame de creatinina e o de urina para a detecção de doença renal. Se diagnosticado precocemente, um tratamento adequado pode proteger os seus rins a longo prazo de forma que não precise fazer hemodiálise”.
Os principais grupos de risco para desenvolvimento de doenças renais são pessoas idosas e indivíduos com condições como hipertensão arterial sistêmica, diabetes e doenças cardíacas. Fatores como tabagismo, obesidade (associados aos hábitos e estilo de vida) e uso frequente de medicamentos anti-inflamatórios também podem ocasionar comprometimento renal.
Ter um estilo de vida saudável é crucial para a saúde dos rins: adoção de dieta saudável; prática regular de exercícios físicos; controle do peso, da pressão arterial e dos níveis glicêmicos; além de evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool; e realizar consultas médicas regulares, principalmente, para os pacientes que possuem algum fator de risco.
Este ano, a campanha da Sociedade Brasileira de Nefrologia está focada no tema “Seus rins estão OK? Faça o exame de creatinina para saber”. Diversas peças publicitárias serão utilizadas durante eventos em instituições de mais de mil localidades no país. As ações envolvem também iluminação de monumentos e prédios públicos, eventos educativos, aulas, ações de Ligas Acadêmicas e iniciativas em redes sociais.
Sobre a Ebserh
O CH-UFC/Ebserh faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Jacqueline Santos e Victor Hudson, com revisão de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social