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Ebserh em Ação
HUJM-UFMT realiza 1º Mutirão de Saúde Indígena
O Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM-UFMT/Ebserh) concluiu, no último dia 8 de novembro, o 1º Mutirão de Saúde Indígena, que integrou o programa Ebserh em Ação. A grande iniciativa em saúde mobilizou diversas equipes do hospital e alcançou indígenas de vários territórios atendidos pelos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) Cuiabá, Araguaia e Kaiapó do Mato Grosso. O mutirão reuniu atendimento especializado, exames, procedimentos, cirurgias e capacitação profissional, fortalecendo a assistência e o cuidado integral às populações tradicionais.

Entre os dias 3 e 8 de novembro, mais de 80 colaboradores do HUJM entre profissionais de saúde, gestores, residentes, estagiários, equipes de apoio, recepção, hotelaria, comunicação e regulação atuaram direta e indiretamente na atividade. O objetivo principal foi reduzir demandas reprimidas dos DSEIs e ampliar o acesso dos povos indígenas aos serviços de média e alta complexidade.
Ao todo, foram realizadas 35 consultas especializadas, distribuídas em 17 especialidades, como pneumologia, otorrinolaringologia, reumatologia, urologia, dermatologia, hepatologia, coloproctologia, neurologia, endocrinologia (adulto e infantil), infectologia pediátrica, oftalmologia, cardiologia pediátrica, fonoaudiologia e outras. Também foram realizados exames e procedimentos, incluindo: 14 tomografias; 19 ultrassonografias; 2 colonoscopias; 1 videolaringoscopia; 3 ecocardiografias infantis.

Os atendimentos contemplaram indígenas de diversas aldeias dos DSEI Cuiabá, Araguaia e Kaiapó, além de alguns pacientes do DSEI Xavante. Entre as etnias atendidas estão: Boe-Bororo, Panará, Enawenê-nawê, Karajá, Tapirapé, Kaiabi, Nambikwara, Myky, Chiquitano, Kayapó, Paresi, Xavante, Balatiponé e Bakairi.

Além da assistência, o mutirão promoveu uma capacitação sobre “Esporotricose animal e humana”, destinada a profissionais dos DSEIs, com a participação registrada de 30 servidores.
Apesar do empenho conjunto entre HUJM e DSEIs, parte da demanda prevista não pôde ser contemplada devido a fatores como desistência de pacientes, dificuldades de transporte, agravadas por chuvas intensas, questões culturais como luto e rituais tradicionais, além de ajustes operacionais de última hora.
O HUJM-UFMT/Ebserh destacou que o mutirão reforça o compromisso da instituição com o acesso equitativo à saúde e com o respeito às especificidades culturais dos povos indígenas. A ação representa um passo importante para a articulação entre hospital universitário, atenção primária indígena e redes de apoio territorial.
O Mutirão Indígena 2025 reafirma a missão de oferecer assistência de qualidade, ensino e cuidado humanizado à população, com atenção especial às comunidades mais vulneráveis e com menor acesso aos serviços especializados.