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SAÚDE
Dia I: Dia da Identificação do Paciente
O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) lançou nesta terça-feira, 1º de dezembro, o Protocolo de Identificação do Paciente. O dia foi marcado na instituição como o Dia I: Dia da Identificação do Paciente, pois a partir dessa data todos os pacientes internados do HC-UFG passaram a ser devidamente identificados conforme o protocolo.
Para comemorar a data, o NUSP/HC-UFG convidou o Grupo Semeadores da Alegria, criado a partir do projeto de extensão Sementes da Alegria que, de forma descontraída e interativa, abordou o assunto por meio de uma encenação teatral.
O Protocolo de Identificação do Paciente, integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) – Ministério da Saúde (MS), destaca-se como estratégia e visa garantir a correta identificação do paciente a fim de reduzir a ocorrência de incidentes. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a segurança do paciente corresponde à redução ao mínimo aceitável do risco de dano associado ao cuidado de saúde.
O paciente será identificado por meio de uma pulseira, na qual serão registrados o nome completo do paciente, sua data de nascimento, número de prontuário ou número da ficha de atendimento no Pronto Socorro. Inicialmente, a pulseira será colocada nos pacientes internados. Posteriormente, a identificação será estendida aos pacientes ambulatoriais e naqueles que se dirigirem ao hospital para tratamento diário, como hemodiálise e quimioterapia.
Segundo a coordenadora do Núcleo de Segurança do Paciente do HC-UFG, enfermeira Divina de Oliveira Marques, o protocolo de identificação do paciente deverá ser observado e executado por todos os profissionais envolvidos neste processo e em todos os ambientes de prestação do cuidado de saúde em que sejam realizados procedimentos, quer terapêutico, quer diagnóstico, visando à minimização da ocorrência de efeitos adversos.
Capacitação
Para assegurar que o paciente seja corretamente identificado, todos os profissionais devem participar ativamente do processo de identificação na admissão, transferência e realização de qualquer procedimento, como administração de medicamentos e outros.
Por essa razão, o NUSP/HC-UFG promoveu a capacitação de todos os profissionais do HC-UFG. A Unidade de Regulação Assistencial foi o primeiro serviço a receber o treinamento, pois é o setor responsável pela colocação das pulseiras de identificação nos pacientes internados. O NUSP também realizou a capacitação com os gestores, no dia 23/11, e com os demais profissionais nos dias 24, 25 e 26 de novembro, nos três turnos de serviço (matutino, vespertino e noturno).
O superintendente do HC-UFG, José Garcia Neto, falou aos gestores e chefes de unidades sobre a importância de um protocolo como esse em instituições de saúde. “Esse protocolo deve ser seguido para o cuidado e a segurança com o paciente assim como os pilotos de um avião seguem protocolos para a segurança dos seus passageiros”, comparou. Ele destacou que o protocolo é também um procedimento essencial para garantir a própria segurança dos profissionais de saúde, uma vez que evitará possíveis falhas humanas.
A gerente de Atenção à Saúde do HC-UFG, Alexandrina Nogueira Adorno, ressaltou a importância da participação de todos profissionais nessa fase de implementação do protocolo, pois irá exigir uma mudança de cultura na instituição. “Para o sucesso desse protocolo, precisamos da colaboração de todos os profissionais e de sugestões para o seu aprimoramento”, afirmou.
Prevenção de erros
Durante a capacitação, a coordenadora do NUSP, Divina Marques, destacou que a identificação correta do paciente torna-se essencial à prevenção de erros durante o cuidado à saúde, sob qualquer condição de assistência, uma vez que a identificação incorreta ou a falta da mesma poderá gerar danos irreversíveis e, em alguns casos, fatais.
Segundo a coordenadora, alguns fatores podem potencializar os riscos na identificação do paciente, como estado de consciência do paciente, mudanças de leito, setor ou profissional dentro da instituição e outras circunstâncias no ambiente. O Ministério da Saúde também entende que não se pode organizar os serviços de saúde sem considerar que os profissionais podem errar.
“Para garantir a segurança do paciente, a confirmação da sua identificação deverá ser feita sempre antes de receber uma medicação, seja por via oral ou injetado na veia; antes de fazer transfusão de sangue ou receber plaquetas; coleta de material para exame; entrega da dieta; e antes da realização de procedimentos que fure sua pele”, afirmou a coordenadora ao citar algumas orientações do protocolo.
“Estudos sobre o processo de identificação de pacientes demonstram ser este um procedimento imprescindível em todos os segmentos de saúde, pois que se destaca como fundamento do cuidado seguro, por meio da utilização de tecnologias simples, como o uso de pulseiras de identificação”, afirmou Divina Marques.
A coordenadora do NUSP/HC-UFG também ouviu sugestões, tirou dúvidas dos chefes de unidades e informou que, posteriormente, será adotado um protocolo padrão para todos os hospitais da rede EBSERH. Neste, a pulseira poderá ter outras cores e os dados do paciente serão impressos na pulseira.