Mutirão de Cirurgias de Ombro do HC opera 10 pacientes

Recife (PE) – “Estou muito alegre e confiante de que, a partir dessa cirurgia, minha vida vai mudar e vou voltar a realizar minhas atividades diárias sem dor e sem os incômodos do deslocamento do ombro”, comentou a dona de casa Maria Sandra Ferreira, de 29 anos, uma das dez pessoas operadas pelo Mutirão de Cirurgias de Ombro, realizado pelo Hospital das Clínicas da UFPE, no último sábado (12), integrando  a iniciativa Ebserh em Ação, uma série de forças-tarefas que o HC e outros hospitais vinculados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares farão para acelerar a quantidade de cirurgias e exames. 

Maria Sandra sofria com a instabilidade do ombro há cinco anos, uma condição comum e incapacitante, popularmente conhecida como “meu ombro sai do lugar”, em que a articulação se desloca com facilidade, causando dor, limitação e risco de desgaste progressivo. A ação conseguiu realizar um procedimento cirúrgico a mais do que o quantitativo planejado subindo de nove para dez cirurgias, beneficiando um dos pacientes que estavam na reserva.

“Esse tipo de cirurgia devolve a vida ativa ao paciente, que sofre com o ombro saindo do lugar e tendo que ir a uma emergência para recolocá-lo. Isso afeta a qualidade de vida e a questão laboral do paciente. É uma cirurgia muito segura e de baixo custo. Com o mutirão, praticamente, zeramos a fila por esse procedimento aqui no HC”, explica o médico ortopedista Tiago Nogueira, um dos coordenadores da ação realizada pela equipe da subespecialidade de Ombro e Cotovelo da Área Assistencial de Ortopedia do HC.

Além da ação assistencial, o mutirão ofereceu educação médica continuada aos residentes e promoveu intercâmbio científico com especialistas nacionais e internacionais. Uma das cirurgias do mutirão teve transmissão ao vivo, pela internet, acompanhada por membros das Sociedades de Cirurgia do Ombro e Cotovelo do Brasil, dos Estados Unidos e de Portugal. “Vamos fazer também um artigo científico para avaliação dessas cirurgias nos nossos pacientes”, complementa Tiago Nogueira.

Nogueira explica que a técnica cirúrgica utilizada no mutirão, latarjet, cria uma barreira muscular e um aumento da articulação que estabiliza o ombro.

A instabilidade do ombro pode causar dor intensa, inchaço e deformidade. Quando não tratada, leva a um desgaste progressivo da articulação, que pode evoluir para quadros mais graves e até necessidade de colocação de prótese.

Sobre a Ebserh
O HC-UFPE faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Por Moisés de Holanda
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh