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SAÚDE PÚBLICA
Ebserh celebra Dia Nacional da Saúde com ações e histórias de vida transformadas pelo SUS
Brasília (DF) - Você sabe o que une Ana Vitória Barbosa, de Campina Grande (PB), e Andressa Severo, do Rio de Janeiro (RJ) Ambas tiveram suas vidas transformadas pelos atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS). Assim como elas, milhares de pessoas são impactadas diariamente nos 45 hospitais universitários vinculados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), evidenciando a força e a relevância dessa Rede na melhoria contínua da saúde da população brasileira.
No dia 5 de agosto, celebra-se o Dia Nacional da Saúde, uma oportunidade para reconhecer os avanços da saúde pública e destacar histórias reais de pacientes e profissionais. Seja por meio da assistência, do ensino, da incorporação de tecnologias, da realização de mutirões para redução de filas ou de tantas outras estratégias, o foco é sempre o mesmo: a qualidade de vida do paciente.
“Mamãe, eu estou vendo. Mamãe, estou vendo a chuva” — Andressa Nascimento
Adriana Nascimento Pereira é mãe de Andressa Severo Nascimento, de 7 anos, que ficou internada por 16 dias no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPMG/CH-UFRJ). A menina chegou à unidade com uma infecção grave na região dos olhos, que já havia se espalhado para áreas profundas da face. Além disso, testou positivo para Covid-19 e precisou ser tratada simultaneamente pelas duas condições.
Sem conseguir abrir os olhos, Andressa e sua família viveram momentos de angústia, mas contaram com suporte multiprofissional ao longo de todo o tratamento. “Se minha filha não está cega hoje, agradeço ao comprometimento de todos no hospital. E a assistência não foi só para ela — fui muito bem acolhida também. Só tenho a agradecer”, relata Adriana.
Um dos momentos mais marcantes, segundo ela, foi quando Andressa abriu os olhos pela primeira vez. “Eu abri a cortina da janela e, na mesma hora, ela começou a gritar, eufórica, dizendo que estava enxergando e que conseguia ver a chuva. Que os profissionais possam continuar com esse trabalho tão importante, recuperando a saúde de outras crianças e, consequentemente, trazendo alegria para outras mães”, disse.
“Segunda casa por quase dois anos” — Cristina Araújo
Em Campina Grande, a tão esperada alta hospitalar da Ana Vitória Barbosa, de 2 anos, aconteceu após 1 ano e 7 meses de internação no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC-UFCG). Diagnosticada logo após o nascimento com atresia intestinal múltipla, uma condição rara que impede o desenvolvimento adequado de partes do intestino, Ana depende de nutrição parenteral para sobreviver. Durante cerca de 10 horas diárias, geralmente enquanto dorme, ela recebe a alimentação por meio de um cateter venoso.
A mãe, Cristina Araújo, afirmou que o hospital foi uma “segunda casa” durante esse período. “Foi um processo muito difícil. Agarramos nossa fé em Deus e no acolhimento de todos que fazem parte da família HUAC. Apesar das limitações impostas pela doença, Ana apresentou bom desenvolvimento cognitivo e motor, dando até seus primeiros passos dentro do hospital. Atualmente, ela segue sendo acompanhada de forma ambulatorial pelo HUAC e pelo Centro de Reabilitação Intestinal e Transplante (CRIT), em São Paulo.
Mais de 12 mil atendimentos em mutirão nacional da Rede Ebserh
Com o objetivo de reduzir filas e ampliar o acesso à saúde, a Rede Ebserh realizou, em setembro, mais de 12.464 procedimentos por meio da iniciativa Ebserh em Ação, vinculada ao programa Agora Tem Especialistas, do Ministério da Saúde.
O esforço nacional superou em 60% a estimativa inicial de atendimentos e resultou na realização de 10.160 exames, 1.244 consultas e 1.060 cirurgias. A mobilização contou com a atuação de mais de 2 mil profissionais de saúde, entre médicos, professores, residentes, estudantes de graduação e outros trabalhadores da área.
Tecnologia e envelhecimento saudável
A enfermeira Priscilla Alfradique, coordenadora do Projeto de Extensão Terapias não-farmacológicas na Atenção à Saúde do Idoso (TNF-UniRio), relata que vem utilizando tecnologias de informação e comunicação (TIC) no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG-UniRio), desde julho de 2020, como possibilidade de manutenção do cuidado ao idoso. Trata-se de jogos digitais para tele-estimulação cognitiva.
“Funcionam estimulando diversas áreas da cognição, o afeto, a socialização e o cuidado em saúde como um todo”, explica. As atividades são realizadas em tempo real, por meio de grupos de mensagens instantâneas, duas vezes por semana, por aproximadamente uma hora.
“A partir de orientações especificas, os idosos precisam realizar e responder a atividade dentro de um tempo determinado”, esclarece Priscilla. Ela destaca que essa é uma ferramenta tecnológica especialmente útil em situações de dificuldade de acesso presencial, que também contribui para a redução de custos com materiais, deslocamentos e uso de espaços físicos.
As tele oficinas promoveram saúde aos idosos, com melhora clínica nos resultados dos testes de cognição, depressão e atividades de vida diária após três meses de aplicação. “Elas foram eficazes para a promoção e manutenção do estado cognitivo, da independência e melhora do humor, com respostas clínicas positivas nos sentimentos depressivos”, relata Priscilla, acrescentando a possibilidade de serem replicadas em outras estratégias por acompanhamento remoto.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Redação: Danielle Morais, com revisão de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh