Prêmio Luiz de Castro Faria - 11º edição - 2023
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por meio do Centro Nacional de Arqueologia (CNA), anuncia o lançamento da 11ª edição do Prêmio Luiz de Castro Faria. O concurso reconhece pesquisas acadêmicas de excelência com temática relacionada ao Patrimônio Arqueológico Brasileiro. Pesquisadores e estudantes podem se inscrever em quatro categorias: monografia de graduação, dissertação de mestrado, tese de doutorado e artigo científico. Nesta edição, a categoria Artigo Científico premiará duas produções acadêmicas relacionadas à temática indígena e da diáspora africana no Brasil. Todavia, trabalhos relacionados a ambos os temas também poderão concorrer às demais categorias. A iniciativa distribuirá premiações que vão de R$ 7 mil a R$ 20 mil. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até 11 de agosto
Departamento/Unidade responsável: Centro Nacional de Arqueologia (CNA).
Sobre o Prêmio Luiz de Castro Faria
O Prêmio Luiz de Castro Faria foi criado em 2013, com o objetivo de reconhecer a pesquisa acadêmica que verse sobre o tema da preservação do patrimônio arqueológico brasileiro. Nesse sentido, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), através do Centro Nacional de Arqueologia (CNA), prestigia os trabalhos desenvolvidos sob a forma de monografia de graduação, dissertação de mestrado, tese de doutorado e artigo científico, que representem originalidade e contribuição para o tema.
O concurso faz referência à atuação do museólogo e antropólogo Luiz de Castro Faria. Figura atuante no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele contribuiu para a formação de várias gerações de especialistas e professores no campo da arqueologia. Antes de voltar-se ao estudo da antropologia, no qual teve grande dimensão, Castro Faria dedicou-se à pesquisa e preservação de grutas naturais e sambaquis em quase todo o litoral brasileiro. Seus registros científicos reconstituíram parte da história do Brasil e fortaleceram o movimento de conscientização sobre a importância dos sítios arqueológicos.
Inclusive, ele foi um importante articulador de políticas públicas, junto com o fundador do Iphan, Rodrigo Melo Franco de Andrade, especialmente nas décadas de 1950 e 1960. Um dos principais legados dele foi o anteprojeto da Lei 3.924/61, sancionada pelo presidente Jânio Quadros. A norma dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos no país e determina, entre outras medidas, que esses elementos fiquem sob a guarda e proteção do Poder Público.
Dessa forma, o Prêmio reconhece o trabalho de Luiz de Castro Faria como mediador entre a academia e a administração pública. Símbolo de uma geração pioneira e idealista, a atuação do pesquisador é uma inspiração para quem luta pelo estudo do nosso passado e ampliação das iniciativas de preservação do patrimônio arqueológico.