Dia Mundial das Áreas Úmidas é celebrado com programação especial promovida pelo INPP, CPP e INAU

Nos dias 02 e 03 de fevereiro, o Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP), em parceria com o Centro de Pesquisa do Pantanal (CPP) e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (INAU), promoveu uma programação especial em comemoração ao Dia Mundial das Áreas Úmidas. As atividades ocorreram no Museu de História Natural de Mato Grosso (MHNMT), em Cuiabá, e no Distrito de Mimoso, em Santo Antônio do Leverger (MT), reunindo pesquisadores, estudantes e a comunidade local em ações voltadas à conservação desses ecossistemas.

A programação integrou ciência, arte e meio ambiente, com destaque para o plantio de mudas nativas, simbolizando a importância da restauração ecológica. Os visitantes também puderam explorar exposições de materiais gráficos e audiovisuais sobre pesquisas do INPP, incluindo apresentações sobre os “Sons do Pantanal", exemplares de artrópodes do Pantanal e apresentação de folderes sobre a fauna pantaneira. A exposição fotográfica "Áreas Úmidas de Mato Grosso", do pesquisador Abílio Moraes, encantou o público com imagens que retratam a riqueza dessas paisagens.

No dia 03, em Mimoso, a programação seguiu com palestras, exibição de aves taxidermizadas da Coleção Zoológica da UFMT e a exposição do Projeto Sapo Pantaneiro, destacando a importância da conservação de anfíbios e serpentes. A ação também contou com a distribuição de mudas de espécies nativas, incentivando o reflorestamento e o cuidado com a flora local.

O diretor do INPP, Dr. Paulo Teixeira de Sousa Jr., destacou a relevância do evento para a sensibilização ambiental: "Esse dia tem significado especial, por demonstrar a riqueza e a importância da biodiversidade das Áreas Úmidas (no nosso caso, o Pantanal) e por ser comemorado mundialmente, a partir da assinatura, em 1971, por membros das Nações Unidas, da Convenção de Ramsar para a Proteção de Áreas Úmidas e Aves Migratórias."

O pesquisador e bolsista do Programa de Capacitação Institucional (PCI) do INPP, Lucas Korzune, apresentou ao público a importância dos anfíbios nas Áreas Úmidas. “Os anuros, como sapos, rãs e pererecas, desempenham papéis fundamentais no equilíbrio ecológico. Contribuem significativamente para o controle populacional de diversas espécies de invertebrados, incluindo pragas agrícolas e vetores de doenças, como mosquitos, moscas, baratas e besouros. Além disso, desempenham um papel fundamental na ciclagem de nutrientes nos corpos d’água, ajudando a manter a qualidade e o funcionamento desses ambientes. Sua presença ou ausência funciona como um indicador confiável da qualidade da água e da saúde do ecossistema. Para protegê-los, é fundamental conservar as Áreas Úmidas, reduzir a poluição e combater a desinformação sobre esses animais. Preservar os anuros significa manter a biodiversidade, garantir a qualidade dos ecossistemas aquáticos e, consequentemente, proteger a qualidade de vida de todas as espécies que dependem dessas áreas, incluindo os seres humanos.”

O evento reforçou a necessidade da conservação das Áreas Úmidas e incentivou a participação da população na proteção desses ambientes essenciais para a biodiversidade e o equilíbrio ambiental.

Link para acesso à matéria realizada pela TV Centro América: https://globoplay.globo.com/v/13310325/