Bosque da Ciência celebra 30 anos de história conectando famílias com a natureza

Um dos pontos turísticos mais visitados de Manaus e referência em educação e divulgação científica no Amazonas, o Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) foi homenageado pela Câmara Municipal de Manaus pelos 30 anos de trajetória, uma história de presença na vida de muitos pais e filhos. A sessão solene aconteceu na quinta-feira (08 de maio), data em que se comemora o Dia Nacional do Turismo.

Inaugurado no dia 1º de abril de 1995, o Bosque é o primeiro parque verde urbano de Manaus e uma das mais importantes estratégias de diálogo e de aproximação do Inpa com a sociedade. Além de ser marco na educação ambiental e popularização da ciência, o Bosque é palco para ações que unem ciência, cultura e turismo. 

“O espaço que conhecemos como Bosque superou muitos desafios e contou com a dedicação incansável de muitos. Ele se construiu como centro de educação e de apoio à ciência, como vimos nos depoimentos emocionantes de pais sobre as experiências de seus filhos, tornando-se o motivo de ser lema do nosso Bosque: educador por natureza”, destacou o diretor do Inpa, o professor Henrique Pereira.

Em três décadas, o espaço recebeu mais de 2 milhões de visitantes, entre moradores locais, estudantes, gestores públicos, autoridades e turistas nacionais e estrangeiros. No parque, os visitantes têm a oportunidade de conhecer uma diversidade de plantas e animais amazônicos e vivenciar momentos únicos de bem-estar e conexão com a natureza. 

Propositura do vereador José Ricardo (PT), a sessão homenageou, além do Bosque, servidores e colaboradores do Inpa com Diploma de Honra ao Mérito pelas contribuições ao parque.  Segundo o parlamentar, áreas verdes como a do Bosque estão cada vez mais escassas em Manaus, e a Câmara precisa ter uma voz mais forte em defesa do meio ambiente e da vida. 

“Tenho dois filhos, e quando eles eram crianças eu os levava constantemente ao Bosque da Ciência, um lugar que temos que cuidar e buscar ter outros espaços verdes como este na nossa cidade”, ressaltou José Ricardo.

Além do vereador e do diretor Henrique Pereira, a Mesa da sessão contou com presença do secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e inovação (Secti), Jeibi Medeiro; da vice-presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Oreni Braga; da diretora do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia), Stefanie Lopes; do Cônsul-Geral Adjunto do Japão em Manaus, Akira Suzuki; e do padre Martin James Laumann.

Conexão com a natureza e à ciência

O Bosque da Ciência é refúgio para fauna silvestre e um fragmento florestal acolhedor e relaxante para as pessoas. Estando nele, crianças e adultos não demoram para experimentar um efeito transformador em seu estado de espírito. É fácil reduzir a tensão e se encantar quando se vê macaquinhos pulando, preguiça se “espreguiçando”, tartarugas se empilhando no córrego da Ilha da Tanimbuca onde tem uma árvore de 600 anos ou ainda vendo as carinhas mais fofas dos peixes-bois.

“O Bosque nos conecta ao que nós somos. É muito legal essa energia, esse ensinamento que a gente tira de lá. Eu também levava a minha filha pequenininha para o Bosque. Nós dois íamos para lá e ela adorava. Eu venho do interior e consigo entender um pouquinho qual é a sensação de uma criança que está hoje aqui e que não tem essa conexão com a natureza quando ela está lá [Bosque]”, contou o secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado, Jeibi Medeiros.

A diretora do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/ Fiocruz Amazônia), a pesquisadora Stefanie Lopes, destacou a potência do Bosque na história dela na Amazônia, como mãe de duas meninas e na gestão. A paulista é bióloga de formação e viu pela primeira vez as árvores amazônicas no Bosque, enquanto visitava o parque em 2008 como turista. 

“O Bosque é uma extensão dos meus fins de semana. Vou lá frequentemente, é um espaço extremamente encantador para falar com minhas filhas sobre ciência, floresta e preservação. E como diretora da Fiocruz sou uma grande defensora de que devemos educar sobre ciência, sobre os aspectos climáticos, então eu trabalho nesse espaço com as minhas filhas, o que é também uma missão institucional do Inpa”, afirmou a diretora do ILMD. 

A diretoria de Turismo da Fundação Municipal de Cultura (Manauscult), Oreni Braga, ressaltou que a Prefeitura está “ladeada, ombro a ombro, com o Inpa” para que o Bosque seja não só  atrativo turístico, mas também se torne o mais importante atrativo turístico ambiental de Manaus. “Esse legado do Bosque é importantíssimo para poder divulgar aquilo que nós somos. A natureza, por si só, está naquele ambiente. E, na Manauscult, o Bosque da Ciência faz parte da nossa divulgação, está contemplado em nosso portfólio de promoção, seja ele em japonês, mandarim, alemão”.