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POLÍTICA CIENTÍFICA
Ministra Luciana Santos destaca projeto do Reator Multipropósito Brasileiro, em reunião do CCT
Foto: Luara Baggio/ Ascom MCTI
O Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) debateu, no último dia 4 de dezembro, em reunião no Palácio do Planalto, a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) 2024–2034. O documento estabelece as prioridades da política científica e tecnológica brasileira para a próxima década. O Reator Multipropósito Brasileiro, projeto estruturante da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), foi destacado pela ministra Luciana Santos.
Construída a partir das diretrizes da 5ª Conferência Nacional de CT&I, um amplo processo participativo, que contou com contribuições de mais de 100 mil pessoas, a estratégia define como missão transformar conhecimento em soluções tecnológicas a serviço da sociedade, orientando um projeto nacional baseado em inclusão, sustentabilidade e soberania. A ENCTI destaca que o Brasil vive um momento decisivo diante de transformações como a digitalização acelerada, a crise climática e disputas geopolíticas por domínio tecnológico. Nesse contexto, o documento reforça a necessidade de fortalecer o Sistema Nacional de CT&I, ampliar investimentos em pesquisa e inovação e transformar capacidades científicas consolidadas em competitividade e desenvolvimento social. A CNEN coordenou, com as instituições parceiras do setor, a Conferência Temática de C&T Nuclear, cujos resultados trouxeram contribuições importantes à 5a Conferência Nacional de CT&I.
A chefe do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, destacou a importância das inovações trazidas na nova Estratégia. Durante o evento, o Presidente da República e presidente do CCT, Luís Inácio Lula da Silva, destacou o papel da ENCTI no desenvolvimento social do país.
“A ciência é um pilar de um Brasil soberano, desenvolvido, e socialmente justo, e o CCT tem um papel fundamental no Brasil que sonhamos. A entrega da ENCTI simboliza mais um passo para a construção de um país cada vez mais capaz de enfrentar vulnerabilidades históricas, liderar áreas estratégicas, e transformar conhecimento em bem-estar da população”, analisou.
A ministra destacou que pela primeira vez o MCTI participa do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento. Sobre o Reator Multipropósito Brasileiro, projeto estruturante e estratégico da CNEN, ela explicou a importância do reator, para a indústria, para a agricultura, para a pesquisa, para a ciência nacional, mas sobretudo para a saúde, já que o RMB vai possibilitar ao Brasil a autonomia na produção de radioisótopos, importante insumo para os radiofármacos, essenciais no diagnóstico e tratamento de diversas doenças.
Luciana Santos lembrou que quando foi secretária de Estado de Ciência e Tecnologia em Pernambuco já se falava no RMB. “Inclusive o então governador Geraldo Alckmin cedeu o terreno e agora conseguimos tirar esse projeto do papel”, comemorou, lembrando que já esteve em Iperó para acompanhar o andamento do projeto. Ressaltou a parceria com a Argentina na execução do RMB e convidou o presidente Lula para a inauguração das primeiras obras de infraestrutura, no início de 2026.
Fonte: Cocom/ CNEN