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Coppe/UFRJ abre o ano 2025 com aula inaugural ministrada pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes
Prefeito Eduardo Paes no auditório da Coppe/UFRJ ao final da aula inaugural para o ano letivo 2025. Foto: Divulgação
Na última quinta-feira, 20 de março, o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), abriu os trabalhos para o ano letivo 2025 com uma aula inaugural que foi conduzida pelo prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, com a mediação da diretora da Coppe/UFRJ, Dra. Suzana Kahn Ribeiro, e contou com a presença da secretária municipal de ciência e tecnologia, Tatiana Roque.
O evento foi aberto para as outras instituições de ensino e pesquisa instaladas na Cidade Universitária. O Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/CNEN), localizado há poucos metros de distância da sede da Coppe/UFRJ, marcou presença nessa aula através da sua equipe de comunicação social composta pelo webdesigner Gledson Júnior, pelo jornalista José Lucas Brito e pela servidora Rosa Maria Lins (foto abaixo), acompanhados pelo servidor da Instituição, Mauro Lucio Borges Lemos.
Com o tema “O Rio na Economia do Conhecimento: Estratégias para posicionar a cidade como referência em Inovação Tecnológica”, a aula tinha como ponto central apresentar soluções para que o Rio de Janeiro retome o protagonismo no cenário econômico, o qual possuía no período em que era a capital federal (até 1960), mas também discutir modos de não perder os jovens profissionais da área científica que residem na Região Metropolitana e que acabam se mudando para assumir projetos em outras cidades do Brasil e até no Exterior.
Eduardo Paes afirmou que o fato de o Rio de Janeiro ter sido o epicentro das recentes crises econômicas, políticas e éticas vivenciadas no Brasil, contribuiu para a adoção de uma visão pessimista, por parte da opinião pública, sobre a capacidade da capital fluminense de se reerguer e de ser atrativa para o mercado.
No entanto, o prefeito fez questão de citar que algumas das principais instituições e empresas nacionais mantém as suas sedes na cidade que possui a segunda maior economia do país, com PIB de 359,6 bilhões, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2024:
“Nós temos em nossa cidade a UFRJ, a Uerj, a Unirio, a PUC, a FGV, o IMPA, o IME, o BNDES, a Petrobras, a Eletrobras, a Rede Globo, a ABL, ABC, a ANE. O PIB do Rio equivale ao PIB do Uruguai. Não podemos ficar na ‘deprê’”, afirmou Paes.
Durante sua explanação, ele ainda comentou sobre a proposta levada ao Presidente Lula de tornar o Rio de Janeiro como a “capital honorária do Brasil”, por ser a porta de entrada e imagem do país ao sediar eventos de relevância internacional, como as Olimpíadas de 2016, a Reunião do G20, que ocorreu em novembro de 2024, e a Reunião dos BRICS, que acontecerá em julho deste ano.
Apesar de a medida ter um valor simbólico, ela permitiria, entre outras sugestões apresentadas pelo prefeito, que os órgãos federais sediados na cidade não fossem transferidos para Brasília, a reativação de gabinetes culturais e a manutenção e funcionamento de hospitais administrados pela União.
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A Criação da CoppeIA
Ao longo da sua interação com os alunos da Coppe/UFRJ e demais presentes na aula inaugural, Eduardo Paes frisou que tanto a instituição quanto a UFRJ foram essenciais para que as principais necessidades da população carioca, que se intensificaram a partir do período de Pandemia da Covid-19, fossem atendidas. “O caminho é aquele que a Coppe/UFRJ trilha com muita competência, construindo esse tripé: sociedade civil, poder público e universidades”.
Ele mencionou ainda que as universidades exercem um papel de “catalisadoras de talentos para a produção industrial e econômica” e que podem auxiliar a cidade do Rio de Janeiro a fortalecer sua vocação natural para se tornar um hub de economia do conhecimento.
Ao ter essa visão sobre o potencial das instituições que produzem conhecimento e ciência no Rio de Janeiro, o prefeito anunciou que irá formalizar a criação do CoppeIA, um novo centro de Inteligência Artificial. Ele será instalado no antigo prédio do Automóvel Clube, no Centro do Rio de Janeiro, com a parceria e financiamento da Prefeitura, e que será voltado à pesquisa aplicada para solução de desafios concretos.
Ao fim da aula, ainda foi aberto o espaço para que o prefeito respondesse a perguntas enviadas por QRCode pelos espectadores sobre os investimentos em economia criativa, games, engenharia biomédica para o esporte de alto rendimento, entre outros questionamentos.
Escrita por: José Lucas Brito
