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JUNHO VERMELHO
CHC-UFPR promove campanha para incentivar doação de sangue
Curitiba (PR) - Este mês é dedicado à doação de sangue, culminando no Dia Mundial do Doador de Sangue em 14 de junho, uma data instituída há 20 anos pela Assembleia Mundial da Saúde. O objetivo é estimular novos doadores e, principalmente, agradecer a todos que apoiam essa causa, que precisa ser permanente. Por isso, profissionais de hospitais universitários vinculados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) reforçam a campanha do Junho Vermelho com ações durante todo o mês.
De acordo com médica hematologista do Banco de Sangue do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Parana (CHC-UFPR), Lenisa Raboni, campanhas como estas são importantes, uma vez que a falta de conscientização e a desinformação são os maiores entraves para incentivar a doação de sangue. Ela explica: “Quando você doa sangue, além de ver o tipo sanguíneo, A, B, O e RH, também é feita uma fenotipagem completa. Existem outros antígenos ali, outras células e proteínas que ficam nas hemácias, que podem prejudicar alguém que tenha alguma incompatibilidade. No caso dos doadores que vêm regularmente, a gente sabe exatamente os tipos de sangue e isso nos permite coordenar melhor os estoques”.
Segundo profissionais da rede Ebserh, ainda há muitos mitos envolvendo o processo de doação e, por isso, recorrer à informação de qualidade e mostrar o impacto positivo da doação são fundamentais para manter os estoques dos bancos de sangue. Hematologistas e demais profissionais envolvidos nessas atividades explicam que o sangue não pode ser fabricado ou comprado como um medicamento na farmácia, não tem substituto e, além disso, possui prazo de validade. Por isso, a doação deve ser contínua, mantendo o material à disposição dos pacientes.
O sangue doado é fracionado e transformado em quatro hemocomponentes: concentrado de hemácias, plasma, plaquetas e crioprecipitado. Esses hemocomponentes são distribuídos para as agências transfusionais dos hospitais, onde são utilizados em pacientes internados em tratamentos ou em situações de urgência, como acidentes.
Seja um doador de sangue
Para doar, é preciso ter entre 16 e 69 anos, sendo que a primeira doação deve ser feita até os 60 anos; ter mais de 50 quilos e estar em boas condições de saúde, sem sintomas de gripe, febre ou infecções recentes. No processo de doação, sempre há uma triagem cuidadosa antes da doação para garantir segurança ao doador e ao receptor. São feitos exames para detectar doenças transmissíveis, como HIV, hepatites B e C, sífilis, doença de Chagas, HTLV, entre outras. “Para poder doar, faça uma hidratação boa, se alimente bem e descanse na noite anterior”, explica Lenisa.
Assim que o doador chega ao banco de sangue, ele recebe orientações sobre o processo de doação, passa por uma triagem clínica e, estando apto, é encaminhado para a coleta. O sangue coletado é, então, submetido a diversas análises e testes laboratoriais para garantir sua segurança e qualidade. Tudo isso visa assegurar que tanto doadores quanto receptores se sintam seguros neste processo, que deve ser permanente.
Lenisa dá ainda outras informações: “Homens podem doar até quatro vezes no ano, mulheres até três vezes no ano. Mas é muito rápido. Você pisca, passou três meses, um ano. Mas o sangue em estoque dura 42 dias. Plaquetas duram 5 dias. Então, a gente sempre precisa de doadores, especialmente dos doadores regulares. Se você já doou, não teve problemas, conhece a triagem, todo o protocolo, anote na agenda para vir doar novamente”.
A campanha do Junho Vermelho tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da doação regular de sangue. Muitos pacientes dependem das transfusões de sangue para viver, e a única forma de obtê-lo é por meio da doação voluntária de alguém. Além disso, a campanha é uma forma de reconhecimento aos doadores de sangue, que realizam esse ato altruísta em prol dos pacientes.
Sobre a Ebserh
O CHC-UFPR faz parte da Rede Ebserh desde 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Sinval Paulino e Marcio Kameoka, com revisão de Andreia Pires
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh