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TRANSPARÊNCIA E EFICIÊNCIA
HUGG-Unirio é hospital federal do Rio de Janeiro que mais ofertou consultas de primeira vez à regulação nos últimos cinco anos
Entre 2020 e 2024, o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG-Unirio), gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), destacou-se ao realizar mais de 66 mil consultas de primeira vez. Somente em 2023, o número de atendimentos iniciais superou 22 mil, evidenciando o compromisso e a eficácia do hospital em sua missão de acesso e transparência no atendimento público. Esse volume de atendimento posiciona o HUGG como o hospital federal e universitário que mais ofertou consultas de primeira vez à regulação no município do Rio de Janeiro, ocupando o 28º lugar entre todas as 327 unidades de saúde públicas, privadas e credenciadas avaliadas.
Segundo João Marcelo Ramalho Alves, superintendente do HUGG, "Devemos nosso atendimento ao serviço público e isso demanda uma forma de organização e hierarquização. Antes ofertávamos poucas vagas e as pessoas, em geral, não tinham acesso ao HUGG, desvirtuando a razão de ser do SUS, que preza pela transparência. Basicamente democratizamos esse ingresso. Isso nos orgulha muito. Estamos dando uma resposta à sociedade pelo que ela nos paga."
Ana Carolina Maia, chefe do Setor de Contratualização e Regulação do HUGG, ressalta a evolução no processo de regulação: "A partir daí entendemos que o HUGG tem feito seu papel, melhorando e crescendo, nesse ponto, inclusive”. A regulação em saúde no HUGG visa garantir o cuidado adequado no tempo correto, seguindo os princípios de universalidade, equidade e integralidade do Sistema Único de Saúde. Melhorias nos registros e monitoramento de dados têm permitido uma maior oferta de vagas, anteriormente limitadas, ampliando o acesso à população. "Estamos dando oportunidade para que outras pessoas façam uso do HUGG. Fazemos parte de uma rede e devemos nos comportar como tal", enfatiza a gestora.
Ana Carolina destaca ainda a complexidade de um hospital universitário na oferta de vagas, que deve conciliar o atendimento clínico com as atividades acadêmicas: "Alguns pacientes fazem parte de uma estrutura de Ensino e Pesquisa, que é necessária também. Não somos uma unidade para escoar as grandes portas de emergência. Somos um hospital basicamente cirúrgico eletivo e nosso papel é tentar ofertar para a rede aquilo que temos de melhor", conclui.
João Marcelo reitera a importância da regulação como forma de controle social e de lisura no serviço público: “Acredito que esse é um caminho sem volta, até porque, somente desta maneira, seremos identificados pelo sistema e, consequentemente, remunerados pelo serviço prestado”. Para o superintendente, a regulação tem impactos positivos também nas áreas de Ensino e Pesquisa. "Na verdade, tanto o Ensino quanto a Pesquisa de um hospital universitário ganham bastante com a regulação de seus serviços, não acarretando piora. Muito pelo contrário. No caso de doenças mais raras, por exemplo, os sistemas podem nos ajudar, filtrando e direcionando, em algumas ocasiões, pacientes específicos, que participarão de pesquisas desenvolvidas na universidade”, explica.
Crescimento constante 2020-2024
Com o avanço na regulação, o crescimento dos números de atendimento do HUGG se tornou constante, fazendo com que nos últimos cinco anos mais de 66 mil casos tenham sido assistidos na unidade de saúde. Hoje, o hospital é capaz de identificar, inclusive, pacientes que estão em interconsulta (quando o médico procura uma segunda opinião ou mesmo um exame diagnóstico auxiliar de outra especialidade para fechar um parecer).
Esse amadurecimento permite uma imagem clara de quais são os serviços existentes, quem são os profissionais que os compõem, quais são as ofertas e quais características e limitações estão ocorrendo, possibilitando um planejamento de até dois meses. “Tínhamos enfermarias com ocupação de 20%, hoje temos de 80%. Não precisamos de nada mirabolante para ajustar um sistema. Se eu não vou cumprindo minhas metas, se não vou produzindo, se não vou trazendo esses pacientes para cá, não recebo. Tudo está interligado o tempo todo”, defende Ana Carolina.
Já colhendo alguns frutos desse trabalho, o HUGG recebeu prêmios dos órgãos de controle, reconhecimento das outras esferas e da própria Ebserh. “Temos sido chamados para discutir em fóruns de Saúde Pública sobre questão dos nossos resultados, então estamos no caminho certo”, finaliza João Marcelo.
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG-Unirio) faz parte da Rede Ebserh desde dezembro de 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Felipe Monteiro, com revisão de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh