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VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Ações de higienização das mãos ajudam a combater infecções dentro do Hucam
Vigilância em Saúde: equipe vai até os postos de trabalho dar explicações técnicas sobre a higienização das mãos
Vitória (ES) – A higienização das mãos pode prevenir diversas infecções causadas por vírus e bactérias. Com esse objetivo, o Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, da Universidade Federal do Espírito Santo (Hucam-Ufes), promoveu diversas ações educativas sobre o tema para profissionais de saúde, pacientes e acompanhantes ao longo do ano. O Hucam-Ufes é administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Em 2025, o Hucam realizou 35 atividades sobre conscientização da higiene das mãos, com a participação de aproximadamente 400 colaboradores da instituição. Segundo Bruna Barbieri, enfermeira da Unidade de Vigilância em Saúde do Hucam, as campanhas fazem parte das ações indispensáveis e obrigatórias para o controle de infecção. “Essas iniciativas fortalecem a cultura de segurança do paciente. Quando as equipes incorporam essa prática, reduzimos muito as oportunidades de transmissão de microrganismos durante o cuidado”, destacou Bruna.
Ainda segundo Bruna Barbieri, as evidências internacionais apontam que a adesão à higiene das mãos em ambiente hospitalar está associada a uma redução de 30% a 70% das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). “Em dispositivos invasivos, como cateter venoso central, esse percentual pode chegar a 50% quando a prática é realizada de forma correta e consistente”, completou.
Para Natiele Rocha, enfermeira do Setor de Paciente Crítico do Hucam e uma das participantes das oficinas, complicações comuns são evitadas pelo simples uso adequado do álcool 70%. “Após uma avaliação em toda nossa unidade, instalamos dispensadores de álcool spray em locais estratégicos. Com isso, conseguimos evitar diarreias infecciosas, infecções cruzadas e outras bactérias multirresistentes comuns em Pronto-Socorro e Unidade de Terapia intensiva”, explicou.
Próximas ações
Com o objetivo de consolidar a higiene das mãos como prática permanente, o Hucam-Ufes conta com o planejamento de atividades para dar continuidade e ampliar ações já implementadas, a fim de garantir sustentabilidade dos resultados e a redução contínua das IRAS. Entre os próximos passos, estão a manutenção de auditorias mensais com devolutivas para as equipes e o aprimoramento do programa de educação continuada, com treinamentos presenciais, simulações realísticas e materiais educativos atualizados.
Além disso, o calendário inclui a realização de campanhas temáticas periódicas como o Dia Mundial de Higiene das Mãos, instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS); o engajamento das lideranças de enfermagem e das unidades, reforçando o papel de multiplicadores; o monitoramento constante dos indicadores de IRAS para avaliar impacto e direcionar intervenções; a revisão e reposicionamento de dispensadores de álcool 70% e a melhoria da disponibilidade dos insumos.
Como higienizar as mãos
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a higienização das mãos deve ser feita com água e sabão. Primeiro, molhe as mãos e aplique sabão suficiente para cobrir toda a superfície. Esfregue as palmas entre si e depois o dorso de cada mão. Higienize o espaço entre os dedos, friccione o dorso contra a palma oposta, sem esquecer as pontas dos dedos e as unhas. Enxágue bem em água corrente e seque com papel descartável.
Quando não houver sujeira visível, a OMS recomenda o uso de álcool gel 70%. Aplique quantidade suficiente para cobrir todas as áreas das mãos, como palmas, dorso, entre os dedos, até que o produto evapore completamente. A higiene deve ser feita em cinco momentos estabelecidos pela OMS: antes de tocar no paciente, antes de realizar procedimento asséptico, após risco de exposição a fluidos, após tocar no paciente e após tocar em superfícies próximas ao paciente.
Sobre a Ebserh
O Hucam-Ufes faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Suzana Gonçalves
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh