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DIA NACIONAL DE LUTA CONTRA QUEIMADURAS
HC-UFU/Ebserh registra 107 atendimentos a pacientes queimados em 2024 e mais de 30 até maio deste ano
Imagem: Canva
No Dia Nacional de Luta Contra Queimaduras, celebrado juntamente com a Campanha Junho Laranja, o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), reforça a importância de conscientizar a população sobre a prevenção e do tratamento adequado em casos de incidentes.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), as queimaduras são responsáveis por cerca de 180 mil mortes anuais no mundo. No Brasil, a maioria dos acidentes ocorre em casa ou no ambiente de trabalho, especialmente em regiões com maior vulnerabilidade econômica e social.
Em Uberlândia, o HC-UFU é referência no atendimento de média e alta complexidade às vítimas de queimaduras, totalizando 107 atendimentos no ano de 2024 e mais de 30 até maio deste ano.
A urgência da conscientização
A conscientização e a prevenção podem salvar muitas vidas e diminuir os impactos e sequelas das queimaduras. A médica do Setor de Cirurgia Plástica e Queimados do HC-UFU Adriana Borges explica que queimaduras são lesões nos tecidos do corpo, geralmente causadas por calor, mas também por substâncias químicas, eletricidade, radiação ou fricção. “Elas afetam principalmente o maior órgão do corpo humano, que é a pele, mas em casos mais graves podem atingir tecidos mais profundos, como músculos, ossos e órgãos internos”.
A profissional ressalta que existem diferentes tipos de queimaduras, classificadas por profundidade, sendo de primeiro, segundo e terceiro graus, e podem causar desde vermelhidão, dor, inchaço leve, até afetar todas as camadas da pele e atingir nervos, músculos ou ossos, o que requer tratamento hospitalar urgente e, muitas vezes, enxertos de pele.
Em relação ao que fazer quando há queimaduras, a médica alerta que a primeira coisa é interromper a fonte de calor imediatamente. “Em casos leves, esfrie a área queimada com água corrente fria e procure atendimento médico na Unidade Básica de Saúde (UBS) caso a queimadura seja maior que a palma da mão ou envolver rosto, olhos, mãos, pés ou genitais. Já quando os casos são de queimaduras mais profundas, o indicado é não remover roupas grudadas na pele, cobrir com pano limpo e seco e buscar a Unidade de Saúde do seu bairro de forma urgente, que fará o encaminhamento necessário”, orienta.
Referência em atendimento integral e humanizado
A Unidade de Queimados do HC-UFU conta com estrutura especializada para o atendimento de casos de alta complexidade. Os pacientes internados são submetidos a curativos diários, cirurgias para retirada da pele queimada, cirurgias para cobertura da ferida com pele (enxerto), tratamento de infecções, suporte nutricional e fisioterápico (respiratório e motor).
“O tempo médio das internações após queimaduras são variados. Dados da Unidade mostram que o tempo de hospitalização pode ir de três semanas a quatro meses, a depender da necessidade do caso. Todo tratamento é realizado de forma gratuita através do Sistema Único de Saúde (SUS)”, salienta a médica Adriana Borges.
Além do suporte durante a internação, após a alta os pacientes são acompanhados no ambulatório do HC-UFU para tratamento das sequelas, que pode ser através de novos enxertos e retalhos.
A integralidade do atendimento reforça seu compromisso com o atendimento de qualidade e apoio contínuo aos pacientes. A unidade também atua na formação de profissionais de saúde e no desenvolvimento de pesquisas, contribuindo para a melhoria da assistência à saúde na região.
Rede Ebserh
O HC-UFU faz parte da Rede Ebserh desde maio de 2018. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Redação: Maria Carolina Frigo Maschio, com revisão de Rafael Tadashi