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Unidade da Criança e do Adolescente implanta protocolo de alerta inédito no HC-UFMG
Belo Horizonte (MG) - O Código Amarelo Pediátrico é uma linha de cuidado que consiste no reconhecimento precoce de mudanças agudas nos parâmetros vitais de crianças e adolescentes internados, permitindo a ação de enfermeiros e médicos. Ele faz parte da Escala de Sinais de Alerta Precoce Pediátrico (ESAPP), protocolo criado pelo Hospital St. Jude que utiliza cores para auxiliar nesta identificação prematura de deterioração clínica. A Unidade da Criança e do Adolescente (UCA), em uma ação inédita no Hospital das Clínicas da UFMG/Ebserh, deu início à implantação desse protocolo, que já alcançou resultados positivos em sua primeira fase.
O objetivo da implantação da ferramenta na instituição é reduzir o número de pacientes graves nas enfermarias pediátricas, as transferências e o tempo de permanência na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e a mortalidade, por meio de uma avaliação sistematizada, classificação padronizada e comunicação unificada. Além disso, o alerta visa otimizar a utilização dos recursos financeiros, melhorar a comunicação entre as equipes, incluindo os familiares, e a padronização da avaliação do paciente.
“Os sinais de deterioração clínica são percebidos pela equipe da Enfermagem ao aplicarem a Escala de Sinais de Alerta Precoce Pediátrica (ESAPP). De acordo com a pontuação obtida, a criança será classificada como baixo risco de deterioração (cor verde), alerta para deterioração (amarelo) ou já com sinais sugestivos de deterioração clínica (vermelho). O plano de ação de resposta rápida a ser seguido pelo time é baseado neste escore e pode ser desde a tranquilização da equipe até a solicitação de transferência para a UTI pediátrica”, explicou a coordenadora do Serviço de Pediatria, a pediatra Adriana Teixeira Rodrigues.
Inicialmente, 15 profissionais da equipe pediátrica já foram capacitados pelo St. Jude Hospital. Eles multiplicaram o treinamento para toda a equipe da enfermaria e UTI pediátricas antes do início da implantação da ferramenta, em 15 de janeiro, como um projeto piloto utilizado pelo plantão diurno. A partir do dia 3 de abril, a capacitação será ampliada para todas as equipes da UCA.
Segundo Adriana, os resultados do projeto, que é inédito no HC-UFMG, já são positivos. A equipe envolvida atingiu 16% de não conformidade com o protocolo, apenas 1% acima do índice exigido mundialmente, que é de 15%. “Nós ainda estamos na fase de adaptação e de aprendizagem e já atingimos nível de acerto próximo do observado na equipe que nos treinou e que já usa o ESAPP há muitos anos. Considero que a equipe teve um desempenho acima do esperado para essa fase”, afirmou.
Quando a implantação do Código Amarelo estiver consolidada no HC-UFMG e o índice de não conformidade abaixo de 15%, a equipe da Unidade da Criança e do Adolescente passará a integrar o time autorizado pela ESAPP para promover o treinamento de outras equipes. A ideia é expandir a ferramenta para outras unidades de internação do hospital.
Sobre a Ebserh
O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Redação: Luna Normand, com revisão de Danielle Campos.
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Legenda: O código amarelo ajuda na identificação prematura da gravidade clínica de crianças e adolescentes