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CIÊNCIA E EDUCAÇÃO
Maternidade Escola da UFRJ leva trabalho sobre o líquido amniótico para o Festival de Ciência pelo Clima 2025
Rio de Janeiro (RJ) – A Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ME-UFRJ) participou com o trabalho “Líquido amniótico, nosso primeiro planeta água” no Festival da Ciência pelo Clima 2025. O evento, que aconteceu nos dias 14 e 15 de novembro, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, foi promovido pela Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação (SMCT) do Rio de Janeiro. A Maternidade fez parte do stand da UFRJ, que reuniu pesquisadores, docentes e estudantes da instituição para apresentação de trabalhos, pesquisas e atividades práticas propondo soluções para o clima.
O tema escolhido pela Maternidade Escola destaca a água como elemento central da vida e um dos principais desafios em relação ao ambiente, se alinhando com o tema do festival. “Esse trabalho fala da primeira água onde todo ser humano se forma, que é o líquido amniótico. Dentro do ambiente intrauterino, esse líquido protege, mantém a temperatura, ajuda a desenvolver o pulmão, dá conforto e segurança para o bebezinho dentro da barriga. Queremos mostrar nosso compromisso com o nascer seguro e humanizado”, expõe o professor e obstetra Antônio Braga.
Banho humanizado e ofurô: técnicas que acolhem e acalmam o bebê
No stand da Maternidade, estudantes do curso de Medicina, residentes e enfermeiras tiravam dúvidas dos participantes, como também, com apoio de bonecos, faziam demonstrações do bebê dentro da barriga da mãe, envolto pelo líquido amniótico. Um vídeo explicava as funções desse líquido e como ele é formado. As equipes mostravam ainda como dar banho no recém-nascido de forma a se aproximar do ambiente intrauterino, deixando o bebê mais seguro.
"O banho humanizado é aquele onde o bebê fica enroladinho em um pano fino e imerso na água morninha da banheira, simulando o ambiente intrauterino. Assim, o bebê não perde calor para o ambiente externo. O fato dele estar enrolado num paninho é como se ele também mantivesse o contato com a membrana do útero, que o protegia", explica Danielle Lemos Querido, chefe da Unidade de Gestão do Ensino da Maternidade Escola.
Outra possibilidade é o banho de ofurô, que tem uma propriedade mais terapêutica, não exatamente higiênica. Pode ser feito num balde dedicado apenas a essa atividade, como ensina Danielle. "Na unidade neonatal, a gente faz esse tipo de banho para um bebê que estiver com cólica ou estressado, pois ajuda a relaxar. No ofurô, ele fica meio sentadinho, sendo movimentado devagar".
Sobre a Ebserh
A Maternidade Escola faz parte do Complexo Hospitalar da UFRJ, gerido pela Ebserh desde 2024. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Claudia Holanda
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh