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Maternidade aborda discriminação, racismo e violência obstétrica em capacitação
Na última segunda-feira, 30 de novembro, a Maternidade Climério de Oliveira (MCO-UFBA/Ebserh) reuniu profissionais da instituição para a capacitação “Discriminação Interseccional, Racismo Institucional e Violência Obstétrica”, conduzida pela Profa. Dra. Emanuelle Góes, autora da tese Racismo, aborto e atenção à saúde: uma perspectiva interseccional.
De acordo com a pesquisadora, é necessário sensibilizar trabalhadores(as) das instituições de saúde para o enfrentamento ao racismo institucional, além de promover capacitações profissionais em uma perspectiva antirracista.
Emanuelle apontou que, historicamente, as mulheres negras sofrem violência obstétrica desde o pré-natal, são mais discriminadas quando chegam às instituições de saúde em situação de abortamento, enfrentam maior peregrinação no momento do parto, são submetidas com maior frequência a procedimentos dolorosos sem analgesia e estão expostas a maior risco de mortalidade materna por ausência de atendimento.
Para ela, é necessário direcionar o cuidado humanizado nas instituições públicas de saúde considerando as dimensões de raça, gênero, classe e outros marcadores sociais de opressão. “O que proponho é o início de uma sensibilização, são questões que precisamos refletir em nossa prática como profissionais de saúde e também no campo individual e coletivo”, destacou Emanuelle.
O evento online foi organizado pela Comissão Hospitalar de Mortalidade Materna da MCO-UFBA em atenção ao Dia da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro.
Lidiane Borges
Jornalista - DRT-BA 3375