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AVANÇOS
Realizada primeira teleconsulta do HUL-UFS após implantação do Serviço de Sistema de Telemedicina e Telessaúde (STT)
Lagarto (SE) - No dia 12 de março, uma paciente da zona rural de Poço Verde, distante 75km de Lagarto, participou da primeira teleconsulta realizada no Hospital Universitário de Lagarto (HUL-UFS/Ebserh), após a implantação do Serviço de Sistema de Telemedicina e Telessaúde (STT) e adequações no Sistema de Gestão para Hospitais Universitários, o AGHUX, que passou a incorporar o módulo de telessaúde. Com economia de um tempo médio de viagem de aproximadamente duas horas e recursos para deslocamento, a paciente pôde fazer sua consulta de retorno com a neurologista e com o auxílio de sua rede de apoio. A solução visa reduzir distâncias físicas, sem prejudicar a qualidade do serviço oferecido.
O AGHUX é a plataforma em que estão os prontuários online dos pacientes integrados a todos os sistemas dentro do próprio hospital. Com uma articulação conjunta que envolveu a Gerência de Ensino e Pesquisa, a Unidade de E-saúde, o Setor de Gestão de Processos e Tecnologia da Informação (SGPTI) e o Ambulatório de especialidades, foi possível avançar e aumentar as possibilidades de atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
“A partir do diálogo entre as partes, identificamos os obstáculos do processo de implantação da teleconsulta e formulamos as estratégias para superá-los, o que resultou em um trabalho de equipe coeso”, pontuou a chefe da Unidade de Ambulatório do HUL-UFS/Ebserh, Amanda Oliveira.
As teleconsultas podem ser tanto para retorno quanto para primeira consulta, já que dependem do tipo de especialidade e do atendimento que vai ser desenvolvido. Já estão liberadas também as teleconsultas em hematologia para o público em geral (apenas para retornos) e o atendimento da psicologia e endocrinologia para o Ambulatório transexualizador, o único de Sergipe.
A chefe da Unidade de E-saúde do HUL-UFS/Ebserh, Antoniele Pimentel, explica que as teleconsultas precisam de um local e fluxos adequados mediante planejamento. “O profissional atende em um consultório específico, equipado com tecnologias de comunicação, câmera, fone, computador com dois monitores. Um para visualizar o paciente e que ele também visualize o médico e o outro para abrir o prontuário dentro do próprio AGHUX. Mas, para isso, uma triagem precisa ser realizada para identificar se o paciente tem o perfil adequado para realizar esse teleatendimento”, explicou.
A triagem consiste em identificar pontos importantes, como, por exemplo, se o paciente vai precisar de uma rede de suporte; se tem internet; se o local tem uma boa área de acesso; se tem destreza em utilizar o celular ou o computador. Por outro lado, é relevante saber se o paciente tem condições do ponto de vista da enfermidade.
“Além do termo de consentimento livre esclarecido feito pelo paciente, ou pelo responsável, ou ambos, quando é o caso, eu costumo dizer que existe um outro termo também, que, embora não escrito, é tão importante quanto, que é o termo do profissional. Nós precisamos identificar se aquele indivíduo tem condições de fazer a teleconsulta, seja em relação à patologia que ele possui, seja em relação ao grau de instrução digital que ele possui. Conseguir identificar isso faz toda a diferença para não comprometermos o atendimento”, esclareceu a neurologista Jaqueline Freire.
O HUL-UFS/Ebserh é um hospital universitário e, portanto, tem acadêmicos e residentes dentro dos seus espaços para aprimorar seus conhecimentos e habilidades. Exemplo disso foi ter uma aluna do curso de medicina acompanhando a teleconsulta junto com a profissional. “Aqui desenvolvemos o ensino da saúde na prática e capacitamos os profissionais para fazer a teleassistência”, acrescentou.
Antoniele frisou que a Unidade de E-Saúde, além de trabalhar os teleatendimentos, também desenvolve a tele-educação como parte dos projetos para 2024. Acesse o nosso canal do YouTube para saber mais.
Sobre a Ebserh
O HUL-UFS faz parte da Rede Ebserh desde janeiro de 2017. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Danielle Morais, com revisão de Danielle Campos
Revisão final da Unidade de Comunicação Regional 2
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh