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CH-UFC promoveu roda de conversa sobre autismo
Na manhã desta quarta-feira, dia 03, o Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará (CH-UFC), por meio do Programa Qualidade de Vida no Trabalho, que é conduzido pela Unidade de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalhador (Usost), promoveu uma roda de conversa sobre o transtorno do espectro autista (TEA), com o tema “Valorize as capacidades e respeite os limites”. O evento foi realizado no Auditório do 3º andar do Bloco Didático Ronaldo Ribeiro, no Campus do Porangabuçu, e fez alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado em 02 de abril.
O encontro contou com a participação das convidadas Estefanea Gusmão, professora do curso de psicologia da UFC; Virgínia de Castro Oliveira, odontopediatra com foco no atendimento a crianças atípicas; Milena Bastos, terapeuta ocupacional da infância; e das profissionais do CH-UFC, Larissa Marques, pediatra neonatologista, especialista em desenvolvimento da primeira infância; Renata Kehdi, médica neonatologista com especialização em desenvolvimento infantil; e, como moderadora, Michelle Josino, enfermeira especialista em TEA e mãe atípica. O termo “atípico” é utilizado por especialistas para se referir aos transtornos do desenvolvimento. Também como parte da programação, houve uma exposição de telas produzidas pelo artista Mateus Oliveira Gonçalves, autista que ainda criança começou a se expressar através da arte.
Sobre a ocasião, a moderadora Michelle Josino ressaltou a importância da realização dessa conversa como uma forma de compartilhar conhecimentos sobre essa causa. “É de extrema importância divulgar informações sobre o autismo, proporcionando mais inclusão, acolhimento, e combatendo o capacitismo”, declarou. Capacitismo é o ato discriminatório contra o indivíduo com deficiência quando subestimam a sua capacidade.
Os debates passaram pelos principais desafios para inclusão e qualidade de vida dos autistas, as dificuldades enfrentadas pelas famílias e o papel, como sociedade, de garantir espaços inclusivos às pessoas com TEA. A operadora de micro Cynthia Silva, lotada na Unidade de Segurança do Paciente da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (Meac), participou como ouvinte e disse ter se emocionado diante das reflexões trazidas. “Eu amei. Sou mãe de filho autista, de 26 anos, e, na época, não se falava muito sobre isso. Este projeto foi muito importante para que as pessoas pudessem conhecer melhor o autismo e, juntos, trabalharmos contra o preconceito”.
TEA
O Transtorno do Espectro Autista, explica Michele, refere-se a um transtorno de desenvolvimento neurológico. Os sintomas são variados, mas há uma característica comum que diz respeito a dificuldades na comunicação. “Cada autista é único. O autismo não tem cura, o objetivo do tratamento com as terapias é melhorar a qualidade de vida. O diagnóstico não é uma sentença e sim um ‘norte’ para dar o apoio necessário ao desenvolvimento das crianças em suas potencialidades”, explica Michelle. Saiba mais sobre o TEA na matéria especial publicada no site da Ebserh.
Sobre a Ebserh
O CH-UFC faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Marília Rêgo, com revisão de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação/Ebserh